Emef viveu como �inquilina� por quase um ano

A diretora Ana Maria Victal n�o comete nenhum exagero quando afirma que o mal desempenho da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) �Dirce Boemer Guedes de Azevedo� � fruto das prec�rias condi��es f�sicas existentes ano passado no local. O problema � que o pr�dio onde funciona a institui��o passou a receber alunos antes mesmo estar conclu�do. �Quando inauguraram (em dezembro de 2004), isso aqui era ainda um verdadeiro canteiro de obras. N�o havia piso, banheiro, escadas... A fia��o el�trica ficava toda exposta e tinha pedreiros trabalhando por todos os lados�, conta ela.

Para evitar que os alunos ficassem expostos a tantos perigos, a solu��o encontrada pela dire��o da Emef foi transportar as crian�as de �nibus at� escolas estaduais da regi�o (Parque Ferradura Mirim e proximidades). �Muitos pais achavam o trajeto distante e n�o deixavam que os filhos freq�entassem as aulas�, diz Victal. N�o por acaso, lembra ela, era grande a quantidade de faltas entre os estudantes da escola.

O per�odo em que a institui��o esteve como �inquilina� (quase um ano) trouxe ainda outro tipo de dificuldade aos alunos e professores da Emef. Por conta da dist�ncia - e para n�o atrapalhar o andamento normal das atividades na escola que cedia o espa�o - os estudantes da �Dirce Boemer� eram obrigados a entrar em sala de aula com cerca de 20 minutos de atraso, todos os dias.

�Os desinteresse das crian�as chegou a tal ponto que fui obrigada a colocar o pr�dio inacabado para funcionar�, conta Victal. Salas de aula, banheiros e escadas j� estavam terminados. �Faltavam apenas uns pequenos acabamentos. Mas foi melhor para os alunos, mesmo eles tendo de conviver com o barulho dos pedreiros durante alguns meses�, pondera. Atualmente, a estrutura f�sica da escola est� totalmente conclu�da. A Emef conta, inclusive, com biblioteca e sala de artes.