�Tomando a medica��o d� para viver ainda muitos anos e viver bem�, afirma C�ntia (nome fict�cio), 33 anos, que h� sete convive com o fantasma da aids. Ela � casada e o marido tamb�m � soropositivo.
Dois anos ap�s o casamento, C�ntia decidiu iniciar um tratamento para engravidar. Segundo ela, a inten��o era fazer uma surpresa para o marido. Ela procurou o m�dico e um dos exames requisitados por ele era o de HIV. E o resultado deu positivo.
Embora n�o fosse essa a surpresa que ela queria fazer para o marido, C�ntia teve de contar para ele e pedir que tamb�m fosse fazer o exame. O resultado foi o mesmo da esposa. �Na �poca, entrei em depress�o profunda, fiquei internada e os m�dicos descobriram rapidinho v�rios tipos de doen�a, como anemia, pneumonia, bronquite. Me atacou um monte de coisa. Eu fiquei muito mal mesmo�, relembra.
Segundo ela, mesmo depois de sete anos, n�o d� para aceitar a aids. �� l�gico, ningu�m aceita. Mas a gente aprende a conviver com isso�, comenta. �Hoje, tenho muito mais amor e respeito por mim. N�o tenho um pingo de vergonha do que tenho�, diz.
�Eu acho que se algu�m me ama, vai me amar da maneira que eu sou, com o que eu tenho ou deixo de ter. Se algu�m deixa de gostar de mim porque descobriu o que eu tenho, ent�o essa pessoa na realidade n�o gostava de mim�, afirma C�ntia.
Ciente dos avan�os da medicina, C�ntia n�o abre m�o do tratamento com o coquetel, mas o marido n�o quer nem saber de m�dico. Ele continua levando a vida como se nada tivesse acontecido. Mas em uma coisa eles concordam: desistiram de ter filhos.
A decis�o n�o foi tomada por causa do risco do filho nascer com o v�rus, porque isso j� � poss�vel evitar com medicamentos. O motivo para a desist�ncia do casal foi outro. �O m�dico falou para mim que se eu quisesse engravidar, ele continuava o tratamento. Mas toda m�e quer ver seu filho nascer, crescer, casar e eu acredito que n�o vou ver isso. Ent�o, tirei essa id�ia da minha cabe�a e agrade�o a Deus por n�o ter me dado um filho�, comenta |
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