S�o Paulo - O ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou ontem que as declara��es feitas pela empresa norte-americana de t�xi a�reo ExcelAire contra os controladores de tr�fego a�reo brasileiros foram �absolutamente inadequadas�.
Anteontem, por meio de uma nota divulgada por sua assessoria de imprensa no Brasil, a empresa culpou os controladores pelo acidente entre seu Legacy e um Boeing da Gol ocorrido em 29 de setembro. Os dois avi�es colidiram no ar. O Boeing caiu, matando seus 154 ocupantes. O Legacy conseguiu pousar, e as sete pessoas que estavam a bordo - seis norte-americanas- sa�ram ilesas.
Na nota que provocou o ministro, a ExcelAire se defendia das acusa��es feitas pelo advogado Manuel von Ribbeck, o primeiro a ser contratado por familiares dos mortos na queda do Boeing para represent�-los perante a Justi�a dos Estados Unidos. Em sua primeira a��o, o advogado acusava a ExcelAire, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino - respectivamente propriet�ria, piloto e co-piloto do Legacy - de neglig�ncia.
Em resposta, horas ap�s a divulga��o do conte�do da a��o indenizat�ria proposta por Ribbeck, a ExcelAire afirmou, por meio do advogado Robert Torricella, que �de acordo com as normas internacionais de avia��o, as diretrizes passadas pela torre de controle se sobrep�em ao plano de v�o escrito�. �O que orienta a condu��o do v�o � o plano de v�o autorizado pela torre de controle no momento da decolagem�, disse Torricella.�
Rea��o
Ontem, Pires saiu em defesa dos controladores. Ele afirmou que, independentemente do di�logo estabelecido com a torre de controle de tr�fego a�reo, os pilotos do Legacy deveriam ter permanecido de acordo com o plano de v�o previamente aprovado. �A torre, normalmente, pensa em quando o avi�o est� saindo e qual o destino final, mas n�o � ela que determina as altitudes e o curso das coisas. Isso � o plano de v�o. E, no plano de v�o, evidentemente, estava escrito que o avi�o deveria marchar a 37 mil p�s de S�o Jos� dos Campos at� Bras�lia e em Bras�lia deveria descer a 36 mil p�s.�
Desde a ocasi�o do acidente, os dois pilotos - e o Legacy - permanecem impedidos de deixar o Brasil. Os passaportes deles est�o com a Pol�cia Federal. Tamb�m ontem, o Minist�rio P�blico Federal sugeriu ao Superior Tribunal de Justi�a (STJ) que as decis�es sobre o caso sejam tomadas pela Justi�a Federal, e n�o Estadual. O embate entre a Justi�a Federal de Sinop (MT) e o Ju�zo Estadual de Peixoto de Azevedo (MT) n�o tem prazo para acabar. |