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08/11/06 00:00 - Ag�ncias - Brasil

Traficante que queimou �nibus no Rio � condenado a 444 anos

Folhapress
S�o Paulo - O traficante Anderson Gon�alves dos Santos, o Lorde, foi condenado ontem a 444 anos e seis meses de pris�o por ter ordenado o ataque a um �nibus da linha 350 (Passeio-Iraj�) que matou cinco pessoas -sendo um beb�- e feriu outras 16 em novembro de 2005, no Rio de Janeiro. O 2.� Tribunal do J�ri condenou Lorde por cinco homic�dios triplamente qualificados e 16 tentativas. Ele foi o segundo condenado pelo crime - na semana passada, Alberto Maia da Silva, o Beto, foi condenado a 309 anos de pris�o. Outros dois r�us aguardam julgamento.

O j�ri de Lorde teve in�cio �s 12h10 de anteontem e encerrou-se no in�cio da madrugada de ontem. O promotor Riscalla Abdenur disse que, na �poca do crime, Lorde comandava o tr�fico de drogas na Vila Periqui e ordenou o inc�ndio do �nibus em protesto contra a morte de um de seus capangas, conhecido como Ciborgue.

Segundo o depoimento de uma companheira de Lorde, lido pela acusa��o, o traficante teria sido avisado da morte de Ciborgue por um telefonema de Beto, que na �poca era presidente da Associa��o de Moradores da Vila Periqui. �Desta vez, vamos fazer como a gente nunca fez�, teria comentado o traficante ao ordenar o ataque, segundo a acusa��o.

O advogado de defesa, Maur�cio Neville, pediu a desclassifica��o do crime de Lorde, de homic�dio para les�o corporal. Segundo ele, a ordem de Lorde era para incendiar um �nibus, n�o para matar os passageiros. Segundo a defesa, Lorde n�o podia ser responsabilizado pelo crime, pois, no momento em que as pessoas eram queimadas, estava �em um churrasco a dois quil�metros de dist�ncia do local�.

Crime

No dia 29 de novembro de 2005, o �nibus foi invadido por criminosos que espalharam gasolina pelos bancos e atearam fogo. Eles ainda bloquearam as portas e impediram que os ocupantes do �nibus descessem. Cinco pessoas morreram carbonizadas. O crime causou grande revolta, inclusive entre outros traficantes. Em repres�lia ao crime, o grupo criminoso Comando Vermelho Rog�rio Lemgruber (CVRL) matou quatro homens, dos quais dois foram reconhecidos por ocupantes do �nibus incendiado como autores do ataque. Os corpos foram achados num carro, dois dias depois do ataque.

O recado deixado pelos assassinos lado dos cad�veres fazia refer�ncia a Lorde: �T� a� os que queimaram o �nibus. N�s do CVRL (grupo criminoso) n�o aceitamos ato de terrorismo. CVRL lado certo da vida errada. F� em Deus. S� falta o safado do pela-saco do Lorde (sic).� Os outros r�us Inicialmente, Lorde seria julgado ao lado de Sheila Messias Nogueira, tamb�m r� no processo, mas houve desmembramento. O julgamento de Sheila come�ar� no pr�ximo dia 4 de dezembro.

De acordo com o Tribunal de Justi�a (TJ), os r�us foram separados porque n�o houve consenso entre o Minist�rio P�blico e a defesa na escolha dos jurados. Lorde e Sheila deveriam ter sido julgados no �ltimo dia 1 de novembro, ao lado de Alberto Maia da Silva, mas houve desmembramento devido � aus�ncia de uma testemunha. Beto acabou sendo o primeiro condenado. O quarto r�u, Cristiano Dutra Medeiros, ser� julgado em outra data, pois recorreu da senten�a de pron�ncia, que determina os crimes imputados aos r�us.




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