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01/11/06 00:00 - Ag�ncias - Brasil

Vedoin deixa pris�o por decis�o do TRF

Empres�rio, acusado de liderar o esquema de venda de ambul�ncias superfaturadas, deixou a Polinter de Cuiab� ontem

Hudson Corr�a/Folhapress
Cuiab� - O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1.� Regi�o, em Bras�lia, mandou soltar ontem o empres�rio Luiz Ant�nio Vedoin, 31 anos, chefe da m�fia dos sanguessugas, preso no dia 15 de setembro passado ap�s negociar com emiss�rios do PT um dossi� contra tucanos. �s 19h07, uma oficial de Justi�a entregou o alvar� de soltura na delegacia da Polinter em Cuiab� (MT). Minutos depois, Vedoin apareceu na sala de administra��o do pres�dio e recebeu o documento.

Por volta das 19h30 ele saiu do pres�dio, entrou em um Corola preto trazido por sua mulher e saiu dirigindo o carro sem dar entrevistas. Ao ser questionado se confirmava a participa��o do empres�rio Abel Pereira no esquema dos sanguessugas, Vedoin respondeu: �L�gico, n�?�. Abel � ligado ao ex-ministro da Sa�de no fim do governo FHC em 2002 e atual prefeito de Piracicaba (SP) Barjas Negri (PSDB).

Vedoin disse � Justi�a que Abel recebeu propina para liberar verbas no minist�rio durante a gest�o de Barjas. O total liberado seria de R$ 3 milh�es a R$ 3,5 milh�es. A 3� Turma Criminal do TRF julgou ontem pedido de habeas corpus de Vedoin e entendeu que a pris�o dele excedeu o prazo legal, pois o empres�rio estava preso h� 46 dias sem oferecimento de den�ncia (acusa��o formal � Justi�a) e sem conclus�o das investiga��es.

A Pol�cia Federal (PF) tinha prazo de 30 dias para concluir o inqu�rito aberto para apurar a negocia��o do dossi� e a origem de R$ 1,75 milh�o que seria usado na compra do material contra os tucanos Jos� Serra, governador eleito de S�o Paulo, e Geraldo Alckmin, candidato derrotado a presidente. O juiz federal Jeferson Schneider deu novo prazo de ao menos 30 dias para a PF concluir as investiga��es. Vedoin tinha sido preso, a pedido da PF, por �oculta��o e venda de provas� e por �chantagear pessoas envolvidas em crimes�.

Escutas telef�nicas, feitas com autoriza��o judicial, mostram que Vedoin negociou o dossi�. A defesa do empres�rio chefe dos sanguessugas alega que os documentos do dossi� j� tinham sido entregues � Justi�a e, portanto, n�o haveria oculta��o de provas nem chantagem. Desde o esc�ndalo do dossi�, Vedoin era o �nico que permanecia preso. O empres�rio petista Valdebran Padilha e o advogado Gedimar Passos, emiss�rio do PT, foram soltos cinco dias depois de serem presos com R$ 1,168 milh�o e US$ 248,8 mil no hotel Ibis em S�o Paulo.

O dinheiro seria usado para comprar o dossi�. Vedoin afirma que foi procurado por Gedimar e Valdebran, interessados em um dossi� contra tucanos. Oswaldo Bargas e Expedito Veloso, ent�o funcion�rios da campanha de Luiz In�cio Lula da Silva, tamb�m estiveram em Cuiab� negociando com Vedoin.

A PF concluiu que Jorge Lorenzetti, funcion�rio mais graduado da campanha de Lula, coordenou a compra do dossi�. No dia anterior � apreens�o do dinheiro no hotel em S�o Paulo, a PF apreendeu com o tio de Vedoin, Paulo Trevisan, um CD, fita de v�deo e fotos que mostram Serra e Alckmin na entrega de ambul�ncias dos sanguessugas.

Expedito afirmou, por�m, que o dossi� era formado por cheques e comprovantes de dep�sitos apontariam pagamento de propina ao empres�rio Abel Pereira. A PF diz que a liberdade de Vedoin n�o atrapalha em nada as investiga��es.




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