Enquanto aguardavam a chegada dos membros da OAB e do Condepe de S�o Paulo, m�es de internos e ex-funcion�rios relatavam outros casos de viol�ncia e amea�a. Um deles teria ocorrido ontem mesmo, durante a espera pelas entidades de S�o Paulo, mas pouco antes da imprensa chegar.
Ao cruzar com o ex-interno Glauber Albuquerque Ferreira, que saiu da unidade h� um m�s e estava no local, um dos funcion�rios acusados de maus-tratos fez um gesto com as m�os para expressar que estaria de olho nele. Ele contou � reportagem que apanhava quando estava l�.
Assim como o rapaz, outros adolescentes n�o teriam como fazer as aulas de street dance por causa das dores no corpo, provocadas pela viol�ncia, conta o arte-educador Rafael Gon�alves Lima, que trabalha na unidade via organiza��o n�o-governamental Instituto Mensageiros. �Fui demitido na ter�a passada. N�o denunciei (antes) porque n�o tinha provas�, conta.
J� a enfermeira Aparecida de F�tima Kalinsqui pediu demiss�o h� 15 dias por n�o compactuar com o que via. Ela era proibida de conversar com os adolescentes e tinha de medic�-los, sem v�-los, por um pequeno espa�o na porta. Ela tamb�m foi proibida de falar com Maria Isabel da Silva, m�e de um interno que perdeu a vis�o de um dos olhos.
�Ele j� tinha problema (de deslocamento), mas foi espancado e teve uma hemorragia no olho. A cirurgia estava marcada, mas ele n�o fez porque foi transferido (para Iaras). Tamb�m n�o recebeu o �culos. Tenho medo que ele perca a outra vista�, diz Maria Isabel, que n�o disp�e de recursos para visit�-lo. Est� na mesma situa��o Francisca da Silva Melo. De acordo com ela, seu filho relatou casos de tortura com choque el�trico nos �rg�os genitais.
J� a m�e de outro menor contou que ele foi levado ao isolamento por ter trocado de chinelo com o irm�o, num dia de visita. O cal�ado fornecido ao adolescente pela Febem era pequeno para ele. O caso tamb�m foi relatado ao Condepe. |