Infra-estrutura favorece Bauru, diz Cl�udio Vaz

�Bauru est� em um momento favor�vel.� Esta � a opini�o do presidente do Centro das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Ciesp), Cl�udio Vaz, que esteve ontem em Bauru para ouvir os anseios da classe empresarial. Ele argumenta que os investimentos empresariais em infra-estrutura s�o respons�veis pelo cen�rio: a inaugura��o em outubro do aeroporto, forma��o do Centro Log�stico Integrado, inaugura��o do complexo Alameda Quality Center, al�m do desvio ferrovi�rio da Esta��o Aduaneira de Bauru (Eadi), que dever� estar em atividade no in�cio do ano que vem e far� conex�o com o porto de Santos. Mas o desafio para Bauru e regi�o, assim como para o restante do Pa�s, � o governo desonerar o investimento para o empres�rio.

�O Brasil � o �nico Pa�s no mundo que cobra imposto para investir. � uma medida burra, porque � a mesma coisa que pegar a poupan�a de um cidad�o e dizer que antes dele aplicar o dinheiro, vai pagar um imposto�, argumenta Vaz. E exemplifica: �Quando um cidad�o tem que pagar imposto para comprar uma m�quina ou para fazer uma f�brica, antes de produzir � claro que diminui o investimento�, conclui.

Outro ponto que precisa melhorar no Pa�s � a atra��o de poupan�a externa para investimento produtivo. �O governo, por exemplo, isentou o investidor estrangeiro de Imposto de Renda nas aplica��es de t�tulos p�blicos. Isso tamb�m n�o est� errado, mas s� isso � um equ�voco, porque da mesma maneira que o investidor estrangeiro estaria isento para t�tulos p�blicos, ele tamb�m deveria estar isento para investimento produtivo. Ou seja, quando fizer uma estrada, uma hidrel�trica, uma ferrovia, n�o precisaria pagar imposto�, ressalta.

Para Vaz, o fato do setor de servi�os ser l�der no mercado em Bauru - s�o 7.089 postos de trabalho a mais que a ind�stria - n�o significa gera��o de renda, assim como acontece no restante do Pa�s.

O diretor regional Ciesp em Bauru, Ricardo Coube, concorda que o empres�rio precisa de mais incentivos para conseguir investir mais. Alguns n�s deveriam ser desatados, como a reforma tribut�ria e incentivos a micro e pequenas empresas. �N�o adianta s� ter uma regi�o atraente como a nossa, com todo o potencial instalado, se tem um Pa�s travado. � um conjunto de fatores que precisam andar juntos�, afirma Coube.

O diretor do departamento de integra��o regional do Ciesp, Mauro Miaguti, entende que para haver mais crescimento, e conseq�entemente mais gera��o de emprego na ind�stria, � necess�rio maior integra��o regional dos empres�rios. �Os empres�rios t�m que pensar de maneira articulada porque n�o podem depender apenas de a��es do governo�, diz. Ele acredita que, pensando em conjunto, os empres�rios conseguir�o diminuir os custos e incentivar a renova��o tecnol�gica.