Portal do Times retira reportagem de plano terrorista para brit�nicos

Nova York - O portal do jornal americano �The New York Times� retirou do ar para leitores brit�nicos reportagem em que revela detalhes da investiga��o da Scotland Yard sobre um suposto plano terrorista para explodir avi�es de carreira na rota Reino Unido-EUA.

Exemplares da vers�o impressa foram tirados de circula��o no Reino Unido, e o texto tamb�m foi omitido do �International Herald Tribune�, que publica reportagens do �NYT� na Europa. Para suspender o acesso � vers�o online da reportagem no Reino Unido, o jornal usou a tecnologia que classifica propagandas veiculadas no portal segundo a origem do computador que o acessa.

A decis�o ocorre num momento em que o �NYT�, um dos jornais de maior prest�gio e circula��o do mundo, passa por uma crise de credibilidade e esquenta a discuss�o sobre liberdade de conte�do na Internet.

O t�tulo �Surgem detalhes do terror brit�nico� no site do �NYT� levava � seguinte explica��o: �Por orienta��o legal, este texto est� indispon�vel aos leitores do nytimes.com no Reino Unido. A lei brit�nica pro�be a publica��o de informa��es que prejudiquem acusados antes de julgamento�.

O mesmo foi alegado pelas autoridades brit�nicas para n�o divulgar detalhes sobre a investiga��o que levou � pris�o de 21 suspeitos de planejar explodir bombas em avi�es, h� tr�s semanas. A reportagem descreve, por exemplo, um v�deo gravado por dois dos suspeitos em que justificam o plano como uma vingan�a contra os EUA e seus �c�mplices�, o Reino Unido e os judeus. �Enquanto voc� bombardear, ser� bombardeado; enquanto matar, ser� morto�, disse um dos homens na grava��o.

Relata ainda que, al�m de dezenas de fitas de v�deo, a Scotland Yard obteve recibos de transfer�ncias banc�rias do Exterior e um di�rio que parece detalhar o esquema. Procurados, representantes do �NYT� n�o responderam aos pedidos da reportagem. O jornal disse que sua posi��o estava na nota do site. Nela, o vice-presidente e secret�rio-geral do conselho editorial, George Freeman, afirma que cada caso � um caso. �Apesar de estarmos lidando com um pa�s com liberdade de imprensa, devemos respeitar as leis locais.�