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27/08/06 00:00 - Internacional

Austr�aca teve contato sexual com seq�estrador

Reuters
Viena - A austr�aca que foi mantida em cativeiro por oito anos relatou a investigadores que tinha �contato sexual� com seu sequestrador, disse a pol�cia ontem. A natureza do contato sexual revelado por Natascha Kampusch, atualmente com 18 anos, n�o ficou clara, e o porta-voz da pol�cia, Erich Zwettler, recusou-se a fazer coment�rios adicionais.

Kampusch, que tinha 10 anos quando foi capturada, conseguiu escapar de seu sequestrador na quarta-feira. Seu raptor, Wolfgang Priklopil, de 44 anos, cometeu suic�dio jogando-se � frente de um trem em movimento depois que ela fugiu. Kampusch era mantida em um cub�culo na casa de Priklopil. Teste de DNA feitos no sequestrador n�o o ligam a nenhum outro crime, disse a pol�cia.

Zwettler disse que material gen�tico retirado do corpo de Priklopil n�o correspondia com nada presente em um banco de dados nacional. �Isso significa que ele n�o era procurado em nenhuma outra regi�o da �ustria por causa de algum crime�, declarou. Isso p�s fim �s especula��es de que Priklopil poderia ter perseguido crian�as sistematicamente.

Zwettler disse que Kampusch permanecia em um lugar seguro e secreto, recebendo cuidado psicol�gico, e que seria poupada de outros interrogat�rios at� segunda-feira, pelo menos.

�Ela precisa urgentemente de um descanso. Ela quer paz e tranquilidade. Ela � uma adulta agora, de maneira que pode ficar onde est� por quanto tempo quiser�, disse ele.

Kampusch encontrou-se brevemente com seus pais na quarta-feira, mas n�o pediu para ver parentes desde ent�o. �Ela pode ter perdido sua confian�a original nas pessoas, o que pode t�-la levado a rejeitar seus pais, o que aconteceu com outras v�timas de sequestro�, disse o psiquiatra forense Reinhard Haller.

�Uma pessoa ter passado sua inf�ncia em confinamento solit�rio �, na verdade, um caso �nico�, disse ele. �Uma menina de 10 anos deixou sua casa e est� voltando como uma mulher traumatizada. Um prisioneiro normal sabe porque est� na pris�o. N�o � t�o kafkiano�.

O pai de Kampusch, Ludwig Koch, disse que est� sofrendo por ter passado t�o poucos minutos com sua filha at� agora. Ele queria tirar fotos, mas n�o p�de por temores de que elas poderiam vazar para a imprensa e prejudicar interrogat�rios posteriores. Haller disse que impedir o acesso livre a Kampusch � necess�rio por enquanto, para impedir rea��es de choque.�Ela foi jogada, de repente, no meio do interesse de todo mundo. Essa � uma virada de 180 graus com rela��o ao que ela estava experimentando�, disse ele.

Max Friedrich, um importante psic�logo infantil que est� auxiliando no tratamento de Kampusch, alertou para uma �segunda vitimiza��o� causada pelo exagerado interesse da imprensa. Ele disse que Kampsuch tinha acesso a qualquer tipo de informa��o. �A coisa mais importante � que ela aprenda sobre a vida e possa decidir o que realmente quer e o que realmente n�o quer�, afirmou. Kampusch estava p�lida e tr�mula quando escapou de seu cativeiro em Strasshof, um vilarejo perto de Viena, e pesava apenas 42 quilos, menos do que pesava aos 10 anos.




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