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26/08/06 00:00 - Geral

Dois crimes deste ano exigiram DNA

A pol�cia de Bauru recorreu ao exame para identificar homem carbonizado e far� o teste para mulher achada queimada

Luiz Galano
N�o � fic��o. O exame de DNA realmente � usado durante as investiga��es da pol�cia. Em Bauru, o teste � realizado de forma mais corriqueira na identifica��o de cad�veres, de suspeitos de crimes sexuais e em investiga��es de paternidade. Apenas neste ano, pelo menos dois casos necessitaram do aux�lio da prova cient�fica para que os processos investigativos n�o fossem suspensos.

Num deles foi para a identifica��o de um homem achado carbonizado, dentro de um Fiesta, no Jardim Ouro Verde. O caso permaneceu cercado de mist�rio durante quatro meses, quando finalmente em junho, depois de quatro meses, a pol�cia divulgou o resultado do exame de DNA que identificava a v�tima: o pedreiro Claudionor dos Santos Queir�s, 26 anos.

De acordo com o delegado assistente da Delegacia de Investiga��es Gerais (DIG), Ricardo Silva Dias, a comprova��o foi importante para as investiga��es. �Se n�o fosse pelo DNA, n�o ter�amos certeza, at� hoje, se ele seria mesmo a v�tima. Somente ap�s a identifica��o � que podemos nos debru�ar a fundo, tra�ando o perfil da v�tima, investigar seu c�rculo de amizade na �poca do crime, para encontrarmos poss�veis desafetos e dar andamento ao processo, at� chegar ao culpado�, explica.

O teste tamb�m ser� utilizado em outro caso misterioso. No in�cio do m�s, o corpo de uma mulher foi encontrado junto a escombros em um inc�ndio nos Altos da Cidade. �Nesse caso tamb�m teremos que recorrer ao exame. No local encontramos documentos da poss�vel v�tima, mas oficialmente n�o temos nenhuma comprova��o de que realmente era ela, j� que o corpo estava totalmente carbonizado�, atenta o delegado.

Aperfei�oamento

Devido � import�ncia do exame de DNA nas investiga��es criminais, a Coordenadoria de Ensino do Departamento de Pol�cia Judici�ria do Interior-4 (Deinter-4), decidiu aperfei�oar seus policiais e delegados. Ontem, na Institui��o Toledo de Ensino (ITE), foi ministrado, durante todo o dia, um �Curso especial sobre o uso do DNA na investiga��o criminal�.

O coordenador do N�cleo de Ensino, delegado Ant�nio Pimenta, ressalta os motivos do curso. �A pol�cia est� se preocupando com a moderniza��o e aperfei�oamento de suas t�cnicas de atua��o e investiga��o, visando obter melhores desempenhos�, destaca. Trinta policiais das v�rias cidades da �rea do Deinter-4 participaram da palestra, que ser� ministrado, tamb�m, daqui 45 dias para uma nova turma.

A perita criminal da pol�cia t�cnico-cient�fica, Norma Bonaccorso, que comanda o �nico laborat�rio da Pol�cia Civil que realiza exames de DNA de Estado de S�o Paulo, foi a palestrante. �A pol�cia est� apta a recolher e utilizar essas provas, mas sempre � preciso se reciclar. Esses cursos s�o rotina em S�o Paulo�, explica.

Para ela, o exame ajuda a investiga��o, mas precisa ser usado na hora certa. �N�o s�o todos os crimes que revertem em vest�gios que possam ser analisados atrav�s do DNA�, destaca.

O exame � sempre comparativo. Na identifica��o de corpos, pelo menos 50% do DNA da v�tima tem que ser compat�vel, ao mesmo tempo, com o de seu pai de sua m�e. Em casos sexuais, � s� verificar a similaridade dos dados encontrados em amostras retiradas do suspeito e do corpo da v�tima.

O material gen�tico pode estar em v�rios locais do crime, at� mesmo um fio de cabelo pode ser considerado prova. Segundo a perita, os custos baixaram nos �ltimos anos. O valor gasto em an�lises completas gira entre R$1 mil e R$1,5 mil.




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