Sindicato quer fim da Cais da Petrobras

O Sindicato do Com�rcio Varejista de Derivados de Petr�leo (Sincopetro) acusa a Petrobras de fornecer combust�vel a pre�os mais baratos diretamente ao consumidor. Essa rela��o comercial estaria sendo feita atrav�s das Centrais Avan�adas de Inspe��o e Servi�os (Cais).

�A Petrobras tira os caminh�es dos postos de combust�veis e leva para as Cais. � uma concorr�ncia desleal, porque ela tem uma carga de imposto a menos. Por isso, tem pre�o melhor que os postos�, critica o presidente do Sincopetro em S�o Paulo, Jos� Alberto Paiva Gouveia.

De acordo com ele, estava prevista a abertura de uma Cais em Bauru, Ribeir�o Preto e Franca, mas em decorr�ncia de uma manifesta��o feita pelo sindicato na Capital, que reuniu centenas de empres�rios do setor, a Petrobras teria recuado a proposta.

Gouveia diz que a Cais de S�o Jos� dos Campos tem sido o principal ponto de abastecimento das empresas que possuem grandes frotas de ve�culos no Estado de S�o Paulo. O presidente ressalta que denunciou essa pr�tica da Petrobras � Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP) e ao Minist�rio P�blico Federal (MPF), mas at� ent�o, nenhuma provid�ncia foi tomada.

�Existe uma legisla��o que pro�be a Cais. A Petrobras n�o pode vender direto ao consumidor, mas isso est� ocorrendo. � uma concorr�ncia desleal, que mostra uma diferen�a de 10% no pre�o�. Gouveia tamb�m afirma que a Cais de S�o Jos� dos Campos n�o atende �s exig�ncias da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), n�o possui registro na ANP e nem na Junta Comercial, al�m de uma s�rie de outras irregularidades.

O Jornal da Cidade entrou em contato com a assessoria de imprensa da Petrobras no Rio de Janeiro, mas at� o fechamento desta edi��o, os assessores ainda n�o haviam retornado para dar o posicionamento da empresa.

O presidente do Sincopetro em Bauru, Wagner Siqueira, concorda com as obje��es destacadas por Gouveia. �Essa pr�tica da Petrobras est� consolidando um mercado muito problem�tico para os postos. Hoje, os tanques das grandes transportadoras est�o dimensionados para armazenar grande quantidade de combust�vel e, assim, fazer a ponte entre os Cais e as empresas�, completa.

Em Bauru, Siqueira acredita que os postos de combust�veis ainda n�o estejam sendo afetados pela Cais, mas admite temer preju�zos para o setor caso uma unidade seja, de fato, instalada no munic�pio.


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Ponto de abastecimento

A venda clandestina de combust�vel foi uma das principais pautas da reuni�o do Sindicato do Com�rcio Varejista de Derivados de Petr�leo (Sincopetro), ontem em Bauru, com a presen�a do presidente da entidade em S�o Paulo, Jos� Alberto Paiva Gouveia, e empres�rios do setor.

Segundo Gouveia, essa pr�tica � muito comum no Estado e Bauru n�o foge � regra. �Muitas empresas compram combust�vel para consumo pr�prio, mas acabam revendendo, o que � ilegal. O n�mero de casos desse crime � alt�ssimo. Em Bauru, por exemplo, temos v�rios registros�, ressalta.

O presidente do Sincopetro tamb�m falou sobre a qualidade dos combust�veis, que ainda preocupa o sindicato. De acordo com ele, a fiscaliza��o ainda n�o � suficiente para minimizar o problema. �A ANP (Ag�ncia Nacional do Petr�leo) alega falta de verba para fazer o servi�o e que tamb�m disp�e de um efetivo pequeno de fiscais�, acrescenta.

A obrigatoriedade da emiss�o de cupons fiscais pelos postos de combust�veis tamb�m esteve em discuss�o. Gouveia disse que a maioria cumpre a legisla��o, mas ressaltou que o consumidor tamb�m precisa cumprir o seu papel, exigindo nota fiscal.