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09/08/06 00:00 - Internacional

Aumenta o isolamento do L�bano

Israel destruiu principal ponte de acesso � regi�o sobre o rio Litani, a 20 km da fronteira, e imp�s toque de recolher

Folhapress
Tel Aviv - Um dia depois de registrado o maior n�mero de mortos do lado liban�s desde o in�cio do conflito, 77, Israel completou ontem o isolamento do Sul do L�bano com a destrui��o da principal ponte de acesso � regi�o, sobre o rio Litani, a 20 km da fronteira, e imp�s um toque de recolher sem prazo definido na regi�o - todos os ve�culos que sa�rem �s ruas correm risco de ser bombardeados.

Com isso, ag�ncias humanit�rias anunciaram que n�o poder�o mais levar ajuda � popula��o. Em 28 dias de ataques de Israel no L�bano, iniciados em retalia��o ao seq�estro de dois de seus soldados pelo grupo terrorista Hizbollah, morreram 605 civis no L�bano e 36 em Israel, segundo os minist�rios da Sa�de dos dois pa�ses.

As baixas militares israelenses somam 65, e o Hizbollah, estima Israel, perdeu mais de 400 guerrilheiros - o grupo admite 55. O conflito for�ou cerca de 900 mil libaneses a deixarem suas casas, segundo a ONU. A maioria encontrou ref�gio em casas de fam�lias e em institui��es p�blicas de Beirute, ou nas montanhas do Norte do L�bano.

�A �rea ao sul do rio Litani virou uma zona de exclus�o�, disse Vincent Houver, chefe de opera��es da Organiza��o Internacional de Migra��o, em Beirute. �A cidade de Tiro est� isolada�, disse Robin Lodge, porta-voz do Programa Mundial de Alimenta��o da ONU.

As ag�ncias humanit�rias afirmam que a falta de combust�vel amea�a parar usinas de energia, esta��es de tratamento de �gua e hospitais no sul do L�bano a partir de amanh�. O ministro da Sa�de, Mohammad Khalifeh, disse que o combust�vel � suficiente para manter os hospitais por dois ou tr�s dias.

Um carregamento de 87 mil toneladas de combust�vel est� parado sob o bloqueio naval imposto por Israel. Os donos dos navios exigem garantia de seguran�a por escrito.

Novos ataques

Depois de dizer que os ataques n�o teriam limites, Israel bombardeou 14 aldeias no Sul do L�bano e seguiu com os combates terrestres, al�m de decretar o toque de recolher na �rea para evitar o envio de foguetes, armas e homens para o Hizbollah.

Comboios de ajuda humanit�ria poder�o passar se pedirem autoriza��o antecipada. Em Ghaziyeh, pelo menos 14 pessoas morreram e 23 foram feridas em um bombardeio. O ataque aconteceu no momento em que eram enterradas v�timas dos bombardeios de anteontem.

Testemunhas disseram que 1.500 pessoas fugiram em p�nico. O Ex�rcito afirma que o pr�dio atingido n�o ficava perto do local dos enterros e pertencia ao Hizbollah. Cinco pessoas morreram na explos�o de caminh�es-tanques atingidos por Israel perto da fronteira s�ria, e no sul de Beirute, seguiram as opera��es de resgate nos escombros de dois pr�dios atacados na v�spera.

Mais 28 corpos foram retirados, elevando o saldo de anteontem para 77. Em Bint Jbeil, onde ocorrem os confrontos terrestres mais pesados, quatro soldados israelenses foram mortos pelo Hizbollah. O grupo disparou mais cerca de 160 foguetes contra o Norte de Israel, que atingiram Acre, Naharia, Tzfat e Tiber�ades, e Kiriyat Shmone. Duas pessoas ficaram feridas.

J� o Ex�rcito de Israel disse que matou cerca de 30 guerrilheiros e capturou mais de 20 desde segunda-feira. Israel amea�a expandir ainda mais a atividade militar se n�o houver uma solu��o diplom�tica em breve.

O premi� Ehud Olmert disse esperar planos do Ex�rcito para aumentar a presen�a no sul do L�bano. A m�dia israelense vem reportando fortes diverg�ncias na c�pula militar do pa�s sobre a condu��o da guerra.

Ontem, o chefe do Estado-Maior das For�as Armadas, Dan Halutz, interferiu no comando norte do Ex�rcito e colocou seu vice, Moshe Kaplinsky, para liderar a ofensiva no sul do L�bano. Segundo o governo em Israel, 300 mil pessoas deixaram o Norte do pa�s por causa dos ataques do Hizbollah, e 1 milh�o passa a maior parte do tempo em abrigos subterr�neos.

As autoridades lan�aram um programa para retirar at� 14 mil moradores da regi�o de Kiriyat Shmone, a mais atingida. Eles ser�o levados para um per�odo de �al�vio� em hot�is no Sul. Ap�s quase um m�s, muitos abrigos subterr�neos est�o com problemas de esgoto, e falta ar-condicionado, sob 34�C. Cerca de 1.500 pessoas que ainda n�o deixaram o local j� se inscreveram no plano.




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