Rio - A organiza��o da campanha da senadora Helo�sa Helena (PSOL-AL) � Presid�ncia se preocupa com o risco de que uma a��o mais radical da milit�ncia repercuta negativamente na imagem da candidata. Essa hipot�tica a��o poder� resultar de uma provoca��o ou at� sabotagem de advers�rios, suspeita a senadora, em conversas com assessores de campanha.
Em discurso a cerca de 200 militantes reunidos ontem de manh� na praia de Icara� (Niter�i, cidade a 15 quil�metros do Rio), Helo�sa Helena alertou para o perigo que representariam agentes provocadores infiltrados nas manifesta��es e passeatas das quais t�m participado: �Vamos trabalhar muito sem rancor, sem �dio, sem cair em provoca��o, mas com o rigor implac�vel, uma combatividade daquelas que a gente sabe fazer, olhando no olho das pessoas, disputando cada um dos votos�.
O tom agressivo t�pico da senadora se suavizou desde que sua candidatura se consolidou como a terceira for�a da elei��o presidencial, atr�s do presidente Lula (PT) e do candidato Geraldo Alckmin (PSDB).
Ontem, ela visitou no morro do Estado, em Niter�i, parentes de cinco rapazes mortos por policiais militares em dezembro de 2005. A chacina ocorreu na pr�pria favela, que � controlada pela fac��o criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) e, desde ent�o, est� ocupada por equipes do 12.� Batalh�o da PM. A candidata lamentou as mortes, mas disse que a dor de uma m�e que tem o filho morto n�o � diferente da que aflige a m�e de um policial vitimado por criminosos: �N�o d� para ver s� um lado. A dor da m�e que perde um filho, seja ele uma crian�a da favela, seja ele um policial assassinado pelo crime organizado, � a mesma�. |