Ap�s rebeli�o, CDP segue destru�do

Na primeira onde de ataques atribu�dos ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado de S�o Paulo, em maio, uma rebeli�o no Centro de Deten��o Provis�ria (CDP) de Bauru destruiu completamente o pavilh�o oito da unidade. Passados 70 dias, as obras de reforma nem come�aram. E pior, cerca 150 homens que estavam encarcerados no pavilh�o tiveram de ser distribu�dos entre os outros setores do CDP, o que agravou a superlota��o.

Constru�do para abrigar 768 homens, uma m�dia de 96 em cada pavilh�o, atualmente a unidade conta com 1.200 detentos, 171 em cada setor. Segundo a Secretaria de Estado das Administra��es Penitenci�rias (SAP), o CDP de Bauru � uma das 20 unidades que foram danificados durante a megarrebeli�o do m�s de maio. A SAP informou que as obras emergenciais nestas 20 unidades est�o sendo iniciadas em todo o Estado e possuem prazo m�dio de 180 dias para conclus�o.

O custo total das obras de recupera��o dos pres�dios em S�o Paulo � estimado em R$ 67 milh�es. O Sindicato dos Trabalhadores do Complexo Penitenci�rio do Centro-Oeste Paulista (Sindcop) n�o est� muito confiante no prazo informado pela SAP para reforma. �Voc� v� a situa��o que est� em Araraquara e l� n�o foi feito quase nada ainda�, pondera Reinaldo Duarte Soriano, vice-presidente da entidade, se referindo � completa destrui��o das celas no pres�dio da cidade vizinha.

De acordo com o dirigente, a �nica medida adotada no CDP de Bauru ap�s a rebeli�o foi a retirada dos entulhos. Um agente penitenci�rio do CDP, que preferiu n�o ter o nome divulgado, afirma que nem mesmo com a reforma a situa��o do pres�dio melhoraria. �Eles v�o reformar o pavilh�o oito e deixar todos os outros remendados. E outra: eles v�o reconstruir, mas n�o v�o instalar os dispositivos de seguran�a, como fechaduras, alarmes e c�meras. Se tiver uma fuga l�, n�o d� para avisar ningu�m�, observa.

Outro problema ressaltado pelo agente � a falta de funcion�rios. �N�s j� estamos trabalhando com poucas pessoas. E dos mil agentes chamados pelo Estado no �ltimo concurso, o Governo j� anunciou que n�o vai vir ningu�m para Bauru�, lamenta.


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Teleconfer�ncia

Em agosto de 2005, o ent�o governador Geraldo Alckmin apresentou um sistema de teleconfer�ncia que substituiria boa parte dos deslocamentos de presos para audi�ncias judici�rias. Com isso, reduziria-se o risco de resgate de detentos no trajeto entre o pres�dio e o f�rum e, ao mesmo tempo, liberaria agentes e policiais que atualmente fazem a escolta nos deslocamentos para outras atividades.

O sistema j� existe em cinco Centros de Deten��o Provis�ria (CDPs) da regi�o metropolitana de S�o Paulo e no Centro de Readapta��o Penitenci�ria de Presidente Bernardes. De acordo com a Secretaria de Estado das Administra��es Penitenci�rias (SAP), o projeto n�o foi estendido para mais nenhuma unidade prisional.