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30/11/-1 00:00 - Opini�o

Brasil, paix�o, Copa e elei��es

Durante quase um m�s, todos os brasileiros respiramos e vivemos intensamente a Copa do Mundo, especialmente os jogos de nossa sele��o. A despeito dos gigantescos problemas sociais do Pa�s, entramos num clima de otimismo, de muita emo��o. Chegamos favoritos � Alemanha. Al�m de pentacampe�es, ocup�vamos o primeiro lugar no ranking da Fifa. Teoricamente, t�nhamos um elenco de estrelas insuper�veis. Ali�s, nunca uma sele��o foi t�o endeusada. Os mais c�ticos argumentavam que a Copa desviava a aten��o da popula��o dos problemas mais prementes. Por�m, tamb�m se juntaram � �corrente pra frente�. Enfim, com o passar dos dias, cerca de 180 milh�es de t�cnicos opinavam sobre os rumos da Sele��o.

Bola em jogo, a incerteza entra em campo lado a lado com nossos craques. Jogamos mal, ganhamos mal, e uma ponta de genialidade s� aparece com a entrada de sangue novo contra o Jap�o. Passamos de fase, vencemos Gana, jogando mal, de novo. Chega, ent�o, a vez de um advers�rio de mais qualidade: a Fran�a. � o suficiente para cair na real e perceber a sucess�o de erros: jogadores pesados, pouca aplica��o em campo, t�cnico sem vis�o e assim por diante. Resultado: perdemos feio, fora o show do mago Zidane. Trag�dia nacional. A sensa��o de impot�ncia e frustra��o bateu forte. Faltou vibra��o, faltou esp�rito de equipe e coragem. Desperd�cio total. Tantos talentos mal trabalhados. N�o sei se aprendemos a li��o. Certo � somente que, daqui a quatro anos, estaremos todos outra vez com o cora��o na ponta da chuteira pelo Brasil. Transferido o sonho do hexacampeonato para 2010, recolocamos os p�s no ch�o e nos vemos pr�ximos das elei��es. De fato, atravessamos uma crise moral e de valores. Fica mesmo a sensa��o de que o dia-a-dia � um advers�rio que sempre nos envolve, de que teremos dificuldade para reverter a partida. No entanto, todos os brasileiros s�o vibrantes, otimistas, batalhadores. Carregam a certeza de que � necess�rio e vi�vel mudar, de que jamais devemos aceitar uma realidade t�o dif�cil quanto a atual. Temos de fazer tudo para melhorar o Pa�s e nossas vidas. Precisamos resgatar a honestidade, a dignidade, o compromisso de priorizar o social. Educa��o, empregos, sa�de, seguran�a; exigimos nossos direitos, exigimos o pleno exerc�cio da cidadania. Portanto, colegas, vamos � luta novamente com o cora��o na ponta da chuteira. As elei��es de outubro s�o o jogo mais importante de 2006. � fundamental escolher bem os �t�cnicos� que governar�o o Pa�s, os estados e que nos representar�o nas Assembl�ias, C�mara e Senado. Temos de oferecer �s futuras gera��es, a nossos filhos, uma perspectiva alvissareira. Eles que s�o, de fato, os donos do Brasil de amanh�. (O autor, Jorge C. Machado Curi, � presidente da Associa��o Paulista de Medicina)




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