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15/07/06 00:00 - Opini�o

SOS Meninas

Justamente na semana que antecedeu o Dia Nacional de Combate � Viol�ncia Sexual de Crian�as e Adolescentes (18 de maio), duas not�cias revelaram que a impunidade continua incentivando esse crime.

Uma menina ind�gena de 10 anos de idade, ap�s ter sido estuprada, encontra-se gr�vida de seis meses. Meninas da L�bia s�o moeda de troca.

No mundo todo, o poder do macho continua utilizando os mais impens�veis expedientes para abusar das meninas. H� muito v�m sendo denunciadas as barganhas realizadas por integrantes das for�as de paz da ONU. Aproveitam-se da mis�ria e da fome para trocar alimentos por sexo com crian�as. Aconteceu no passado, em todas as guerras, e continua acontecendo na Lib�ria. A ONG �Save the Children� publicou um relat�rio resultante de mais de trezentas entrevistas com meninas e mulheres exploradas por integrantes de miss�o humanit�ria da ONU. A maioria das v�timas t�m entre 10 e 15 anos de idade.

Aproveitam-se da fragilidade das meninas nos campos de refugiados e de prisioneiros, distribuindo comida e rem�dios a troco de sexo. Foi o que fizeram os soldados na Cor�ia, no Vietn� e agora no Iraque. Tamb�m na China e em v�rios pa�ses da �frica. Sabemos o horror que foi na Guatemala quando foram mortos mais de 200 mil ind�genas: mulheres e meninas foram violentadas. Nos v�rios pa�ses em que h� bases militares, a popula��o vive amedrontada por causa dos v�rios casos de estupros de mulheres e, preferencialmente, meninas.

Turistas, estrangeiros ou n�o, aproveitam-se da fragilidade das meninas provenientes de fam�lias empobrecidas. Taxistas, cinegrafistas, fot�grafos, gar�ons, policiais, agentes de turismo, propriet�rios de hot�is e restaurantes,... incumbem-se de aliciar meninas. Trata-se de uma generosa fonte de renda. Era de se perguntar: e se fosse sua filha? In�til indaga��o quando se leva em conta que n�o � t�o raro pais abusarem das pr�prias filhas.

Fortaleza � o oitavo munic�pio a integrar um plano de atendimento em que �agentes que integram a rede de atendimento e prote��o �s v�timas da explora��o sexual, receber�o uma assist�ncia especializada�(fonte: Adital).

Se as crian�as s�o fr�geis e indefesas, as meninas o s�o muito mais que os meninos. As rela��es de g�nero s�o de poder. O poder do macho n�o respeita, continua fazendo v�timas. Esquemas de aliciamento de meninas est�o sendo organizados para a Copa Mundial na Alemanha.

O Dia de Combate � Viol�ncia Sexual de Crian�as e Adolescentes foi uma oportunidade para convocar todas as pessoas que ainda se respeitam para um grande mutir�o contra a impunidade, para concentrar esfor�os em defesa das crian�as. Denuncie! 100. Seu telefonema pode fazer a diferen�a. A integridade da crian�a pode depender de voc�.


A autora, Iolanda Toshie Ide, � presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Lins




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