Em Bauru e regi�o, agentes n�o param

A ades�o dos agentes penitenci�rios de Bauru e regi�o � paralisa��o de 24 horas anunciada para ontem foi quase nula. Apenas a Penitenci�ria 1 de Bauru participou do movimento, mas a interrup��o dos servi�os durou poucas horas. Por causa da baixa ades�o nos demais pres�dios, os agentes decidiram voltar ao trabalho logo no in�cio da manh�. A entrada dos visitantes ficou suspensa das 7h30 �s 9h30.

Nas demais penitenci�rias, a visita transcorreu normalmente durante todo o dia de ontem. Segundo informou Reinaldo Duarte Soriano, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Complexo Penitenci�rio do Centro-Oeste Paulista (Sindcop), a paralisa��o s� teve sucesso na Capital, na regi�o Oeste e no Vale do Para�ba.

A id�ia era suspender os servi�os da zero hora de s�bado at� a zero hora de domingo em protesto contra os seguidos ataques dos bandidos contra agentes penitenci�rios. A decis�o da paralisa��o havia sido tomada em assembl�ia. Pela proposta, todos os agentes que estivessem dentro da unidade n�o exerceriam nenhuma atividade por 24 horas, o que, conseq�entemente, suspenderia as visitas de ontem.

Em contato com os pres�dios da regi�o, a reportagem do JC apurou que em nenhum deles os agentes cruzaram os bra�os ontem. Os motivos foram os mais diversos. Alguns justificaram que a paralisa��o foi decidida muito em cima da hora. �De manh�, havia um monte de �nibus parado em frente � penitenci�ria para a visita. Ent�o, o pessoal (agentes) achou melhor liberar�, justificou o funcion�rio de uma das penitenci�rias de Piraju�, que preferiu n�o se identificar.

No entanto, nenhum funcion�rio consultado pelo JC se arriscou a dizer se a visita ser� mantida hoje.

O vice-presidente do sindicato lamentou o fracasso da paralisa��o. �� uma pena que isso tenha acontecido.� Segundo ele, os funcion�rios ficaram com medo de uma rea��o mais violenta das fac��es criminosas caso as visitas fossem suspensas.

Ainda de acordo com Soriano, os agentes acreditam que mantendo o servi�o em sua normalidade � poss�vel evitar um confronto com os criminosos. �Como nunca teve nada grave (atentado) nessa regi�o, eles (agentes) t�m medo que a paralisa��o possa desencadear uma rea��o.�

Na opini�o do sindicalista, esse tipo de pensamento � uma ilus�o. �Se eles (criminosos) quiserem fazer alguma coisa, eles v�o fazer.�

O agente penitenci�rio Marcos Machado tamb�m lamentou a falta de ades�o ao movimento. Na opini�o dele, o fracasso da iniciativa � o reflexo da falta de organiza��o das entidades sindicais da categoria. Ele relata ainda que os funcion�rios n�o foram comunicados antecipadamente e que faixas e cartazes, explicando e informando a paralisa��o, n�o foram entregues e nem mesmo elaborados.

Machado disse ser favor�vel � suspens�o de todas as visitas at� que cesse os ataques contra os trabalhadores do sistema prisional.