Prefeitura construiu maioria dos espa�os

Motivos de controv�rsias entre autoridades municipais e associa��es de moradores atualmente, os centros comunit�rios de Bauru contaram com uma participa��o decisiva do poder p�blico em seu surgimento.

�Esses im�veis est�o diretamente ligados � constru��o dos n�cleos populares de habita��o�, relembra Nelson Fio, Secret�rio Municipal das Administra��es Regionais. �Quando o conjunto era constru�do, deixavam um espa�o destinado para esse fim�, conta ele.

Com o surgimento das associa��es de moradores, a partir da d�cada de 1970, as �reas passaram a ser cuidadas pelas entidades de bairro. Eug�nia Maria Fonseca Bologna participou da funda��o da primeira organiza��o do g�nero em Bauru, a Sociedade dos Amigos do Parque Uni�o, no come�o de 1970.

�Antes do nosso n�cleo ser inaugurado, os futuros moradores resolveram formar uma comiss�o para lutar por melhorias�, conta ela. O barrac�o, conquistado na �poca da surgimento do conjunto habitacional, est� na mesma situa��o at� hoje. �Eram umas estruturas de concreto cobertas, n�o havia paredes ou outras melhorias�, diz ela.

Se no passado os bairros j� surgiam dotados de centros comunit�rios, hoje em dia � dif�cil que o poder p�blico gaste na constru��o de um espa�o de conviv�ncia, mesmo nas partes da cidade que n�o disp�em de locais para esse fim.

�Quando uma associa��o solicita um centro comunit�rio para o bairro, fazemos um estudo detalhado sobre a real necessidade que a exist�ncia de uma �rea dessas tem para os moradores�, diz Fabiana Lima, diretora do departamento social da Secretaria das Administra��es Regionais de Bauru (Sear).

Dificilmente a prefeitura ir� bancar o valor total da obra de um centro comunit�rio. �Podemos at� ajudar doando um terreno, mas n�o podemos dar dinheiro para a constru��o�, afirma.

Para Fio, que milita em movimentos populares h� mais de duas d�cadas, seria importante que as associa��es que desejam um centro de viv�ncia lutassem para conquistar seu objetivo. �As lideran�as deveriam mobilizar os moradores e promoverem arrecada��es. N�o adianta esperar que a prefeitura fa�a tudo�, observa.