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20/06/06 00:00 - Internacional

M�ssil preocupa EUA, Europa e �sia

O regime comunista norte-coreano tem plut�nio suficiente para produzir pelo menos meia d�zia de bombas at�micas

Folhapress
Washington - Os servi�os de intelig�ncia americanos obtiveram, por fotos de sat�lite, evid�ncias de que a Cor�ia do Norte concluiu o abastecimento de um m�ssil Taepodong-2. Se lan�ado, ele teria um alcance de at� 6 mil quil�metros, poderia atingir boa parte da �sia e chegar at� os EUA (Alasca ou Hava�).

O foguete poder� ser lan�ado a qualquer momento, disse um especialista. � tamb�m prov�vel que n�o se trate de uma encena��o, j� que o seu combust�vel s�lido n�o � facilmente retirado de volta do foguete. A iniciativa norte-coreana causou intensa mobiliza��o diplom�tica.

John Snow, porta-voz da Casa Branca, disse que o presidente americano, George W. Bush, telefonou a �uma dezena de governantes� para discutir a emerg�ncia. A Fran�a, a Austr�lia e a Nova Zel�ndia apelaram para que a Cor�ia do Norte desista de uma iniciativa capaz de criar muita tens�o internacional.

O Jap�o publicou ontem um terceiro comunicado em 48 horas sobre o assunto. Alertou a Cor�ia do Norte de que a queda em seu territ�rio de peda�os do m�ssil, �mesmo acidental��, seria considerada ato de agress�o. Em caso de disparo do Taepodong-2, o primeiro-ministro japon�s, Junichiro Koizumi, prometeu uma �resposta en�rgica�.

Embora se diga preocupada, a Cor�ia do Sul, afirma o jornal franc�s �Le Monde�, n�o chegou a colocar suas For�as Armadas de prontid�o.

O regime comunista norte-coreano tem plut�nio suficiente para produzir meia d�zia de bombas at�micas, embora se desconhe�a se � capaz de miniaturizar uma ogiva nuclear para que ela seja transportada na ponta de um m�ssil.

Diplomatas acreditam que o regime de Pyongyang n�o apresentaria o lan�amento do foguete como um teste militar. Argumentaria que a iniciativa est� ligada a um suposto programa civil de lan�amento de sat�lites. Foi o que ocorreu em 1998, quando o Taepodong-1, com alcance de 2 mil quil�metros, sobrevoou o Jap�o e caiu no Pac�fico.

Segundo o �Le Monde�, os norte-coreanos j� trabalham no projeto do Taepodong-3, com alcance de 15 mil km. O jornal franc�s afirma que em T�quio e Seul, capital sul-coreana, corre a vers�o de que Pyongyang quer chamar a aten��o, no momento em que o acordo nuclear entre Estados Unidos e a �ndia (que tamb�m tem a bomba at�mica) demonstrou que os EUA reagem com dois pesos e duas medidas.


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San��es

Washington - Sujeita a san��es econ�micas americanas, a Cor�ia do Norte diz que n�o retomar� as negocia��es sobre seu programa nuclear, interrompidas desde setembro do ano passado com os �seis� (China, EUA, as duas Cor�ias, Jap�o e R�ssia). Em 1999, Pyongyang anunciou uma morat�ria em seu programa de m�sseis. Mas h� 15 meses disse n�o estar mais compromissada, em raz�o da �pol�tica hostil� de Bush, que situou o pa�s no �eixo do mal�.

Em Nova York, o embaixador americano na ONU, John Bolton, disse ter iniciado consultas preliminares no Conselho de Seguran�a para coordenar uma rea��o em caso de lan�amento do m�ssil, o que �obviamente seria bastante s�rio�, afirmou.

A secret�ria de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou ontem que o lan�amento do m�ssil norte-coreano seria �s�rio e uma provoca��o�. Ela telefonou ao chefe da diplomacia chinesa para que pressionasse os norte-coreanos a suspender o teste do lan�ador talvez programado.

Diplomatas americanos tomaram a iniciativa de contatar diplomatas norte-coreanos na ONU - � algo bastante excepcional - para adverti-los das conseq��ncias da concretiza��o do teste.




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