Uma pesquisa feita pelos alunos do curso de rela��es p�blicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) revelou que os moradores da zona sul s�o os que se sentem mais seguros em Bauru. Em contrapartida, os residentes na zona leste, que compreende bairros como o N�cleo Mary Dota e Vila S�o Paulo, s�o os que mais sentem-se inseguros. O objetivo da pesquisa foi detectar a sensa��o de seguran�a da popula��o de Bauru em rela��o aos servi�os oferecidos pela Pol�cia Militar (PM).
A pesquisa foi realizada no final do ano passado e entrevistou 600 pessoas em seis pontos da cidade - locais onde est�o as bases da PM Sul, Leste, Oeste, Sudeste, Noroeste e Norte. Os moradores do Centro ficaram em segundo lugar entre os que se sentem mais seguros e dos da zona sudeste, que envolve bairros como Jardim Redentor, N�cleo Geisel e Jardim Brasil, ficaram em segundo lugar entre os que t�m maior sensa��o de inseguran�a.
A margem de erro da pesquisa, cujo resultado foi apresentado ontem, � de cerca de 4%. Os resultados v�o subsidiar o trabalho da Pol�cia Militar, que promete rever conceitos e mudar comportamentos. Para a coordenadora da pesquisa, professora C�lia Retz, os moradores da regi�o sul se sentem mais seguros porque v�em, com bastante freq��ncia, a PM no bairro. �A pesquisa mostrou que 82% dos moradores entrevistados se sentem totalmente seguros ou parcialmente seguros, sendo que 31% deles t�m a sensa��o de total seguran�a�, relata.
Na �rea central, onde a presen�a da pol�cia tamb�m � freq�ente, o �ndice de sensa��o de seguran�a cai para 79%. �As pessoas n�o v�em a pol�cia com tanta freq��ncia quanto na zona sul: 76% se sentem parcialmente seguros e 3% totalmente seguros�, comenta. Na regi�o noroeste, a sensa��o de seguran�a total � de 18% e a parcial chega aos 47%. Em contrapartida, a sensa��o de inseguran�a chega aos 35%, sendo que 3% se sentem muito inseguros.
Na �rea leste, os inseguros e muito inseguros somam 41%. A sensa��o de seguran�a total ou parcial chega ao �ndice de 59%. Na avalia��o de Retz, o perfil do morador pode ter influenciado no resultado, uma vez que em alguns bairros a maioria dos entrevistados trabalha fora e n�o nota a presen�a da pol�cia. �Quando os moradores n�o notam a presen�a da pol�cia, h� um alto �ndice de inseguran�a�, avalia.
Outra constata��o da coordenadora da pesquisa � que a pol�cia continua sendo sin�nimo de seguran�a. �A maioria dos entrevistados se sente mais segura com a presen�a da pol�cia, principalmente no locais abertos�, diz Retz. Para ela, a pesquisa n�o mostrou rela��o entre os crimes ocorridos nas diferentes �reas da cidade e a sensa��o de seguran�a revelada pelos moradores. �At� porque a sensa��o est� relacionada ao que ela v� na m�dia. Se eu vejo mais agress�o e viol�ncia na m�dia, eu tamb�m fico preocupado�, comenta.
Embora a sensa��o de seguran�a tenha uma estreita rela��o com a presen�a da pol�cia, 85% dos moradores entrevistados confessam que desconhecem o n�mero do telefone da Base da PM localizada no bairro onde moram.
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Mudan�as � vista
O comandante do 4.� Batalh�o da Pol�cia Militar do Interior (BPM-I), tenente-coronel Marcos Antonio Alves Miguel, disse que a pesquisa sobre seguran�a � de suma import�ncia para nortear o trabalho da PM. �A PM n�o pode mais agir baseada no empirismo. S�o dados cient�ficos importantes que v�o mudar comportamentos�, disse.
Ele acha que ouvir a popula��o, considerada o cliente da PM, � olhar a situa��o por outra �tica. �A pesquisa serviu para ouvir o nosso cliente. Vamos estudar os resultados. Eu quero saber o que a popula��o acha do nosso trabalho�, afirmou. A mostra vai subsidiar mudan�as de alguns conceitos e servir para um redirecionamento de territ�rio, al�m de alocar o efetivo para aqueles locais onde a popula��o se sente mais insegura, promete o tenente-coronel. |
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