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12/06/06 00:00 - Ag�ncias - Brasil

Alckmin � oficializado como candidato

Conven��o nacional do PSDB foi marcada por cr�ticas dos l�deres do partido ao governo de Luiz In�cio Lula da Silva

Folhapress
S�o Paulo - Os militantes do PSDB oficializaram ontem, em Belo Horizonte, o nome de Geraldo Alckmin como candidato do partido � Presid�ncia da Rep�blica. Seu nome foi aprovado por unanimidade na conven��o nacional do partido, recebendo todos os 384 votos poss�veis. Durante o evento, caciques tucanos aproveitaram para criticar o governo Lula.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse Lula causou a maior �desilus�o" que j� teve. �Ele (Lula) lutou contra a ditadura. No entanto, ao chegar � Presid�ncia, incorreu em v�rios itens da lei de responsabilidade, ao deixar as teias da corrup��o atuarem ao lado de sua sala no Planalto. Jamais tive desilus�o maior�, disse.

FHC explicou que sua desilus�o � reflexo da alegria que teve quando Lula foi eleito. �Mesmo n�o tendo contado com nenhuma palavra de compreens�o dele, durante os meus oito anos de governo, fiquei feliz naquele momento (em que passou a faixa presidencial)�, afirmou.

O l�der do partido no Senado, Arthur Virg�lio (AM), disse que o Pa�s n�o ter� estabilidade caso Lula seja reeleito. �N�o teremos estabilidade no pr�ximo quadri�nio caso esse homem seja reeleito�, disse.

Para ele, o presidente Lula n�o tem condi��es de conduzir o Pa�s no caso de um cen�rio internacional adverso. Para o l�der tucano na C�mara, deputado Jutahy Junior (BA), o governo Lula desorganizou as conquistas do governo FHC. �Lula desorganizou o excelente trabalho que Fernando Henrique fez em oito anos de governo.�

O pr�-candidato do PSDB ao governo de S�o Paulo, Jos� Serra, tamb�m esteve presente na conven��o. �Vamos sempre basear nossos governos no projeto desenvolvimentista de Juscelino Kubischek, no compromisso e na persist�ncia de Tancredo Neves na luta pelas �Diretas J�, na firmeza de M�rio Covas e na capacidade de Fernando Henrique de reorganizar a economia�, afirmou. Ele aproveitou para elogiar a escolha do senador Jos� Jorge (PFL-PE) como vice na dobradinha entre PSDB e PFL para a Presid�ncia da Rep�blica.

Alckmin lan�ou ontem o seu programa de governo. �N�o temos medo de sonhar um Pa�s mais condizente com nossos valores. Mas entendemos que sonhar apenas n�o basta, � preciso dar os passos concretos para aproximar a realidade do sonho.�

O crescimento econ�mico, a redu��o dos impostos, o aumento dos investimentos e a redu��o das desigualdades sociais est�o entre os principais pontos da proposta. Durante a conven��o, o nome do governador de Minas, A�cio Neves, foi confirmado como candidato � reelei��o.

Discurso

Ao optar por um discurso longo e propositivo, o candidato do PSDB � Presid�ncia, Geraldo Alckmin, contrariou a coordena��o de comunica��o de sua campanha e a ala paulistana do partido.

Aliados de Alckmin em S�o Paulo questionavam a decis�o de ler o discurso escrito, recomendando que apelasse para a emo��o. Mas, convencido pela c�pula do PSDB, Alckmin preferiu um texto com densidade. Venceu a tese de que Alckmin deveria �falar para fora�, como disse o coordenador-geral da campanha, S�rgio Guerra (PE): �Tinha que ser um discurso denso. E ponto. Se n�o, falariam que ele n�o tem conte�do�. �Foi longo. Mas era preciso para mostrar subst�ncia e conte�do�, argumentou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O texto que serviu de base ao discurso � de Eduardo Graef, mas o pr�prio FHC escreveu alguns trechos. �Foi um texto a v�rias m�os�, disse Edson Aparecido.

Na noite de anteontem, Alckmin reconhecia que o discurso era produto de trabalho coletivo. �N�s estamos elaborando um discurso��, disse, mas negou que fosse apenas ler um documento escrito pelo tucanato. �Isso � meio rid�culo, n�?�, reagiu.

No s�bado, antes de embarcar para Belo Horizonte, Alckmin se reuniu com o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, e com Jos� Serra, para conversar sobre a linha do discurso. O pr�prio coordenador de comunica��o, Luiz Gonzalez, participou de reuni�o com Tasso.

Na noite de sexta, j� em Minas, Gonzalez e Alckmin voltaram a debru�ar por uma hora sobre o documento. Havia d�vidas sobre o tamanho ideal de discurso. Guerra prop�s um texto mais enxuto, por temer que a plat�ia abandonasse a conven��o enquanto Alckmin falasse. Ficou acertado que fosse planejado um discurso de 30 minutos. Mas Tasso defendia que consumisse at� uma hora. Foi um risco calculado. �Todos concordamos que o discurso deveria ser propositivo, ainda que demorasse muito�, disse Guerra. A op��o era objeto de pol�mica quando, sob o olhar apreensivo dos tucanos, Alckmin iniciou a leitura das 19 p�ginas de seu texto: �� um bom discurso, mas...�, disse o senador Eduardo Azeredo (MG). �Eu falaria um pouquinho menos. Mas tinha muitos pontos interessantes e a entona��o estava melhor�, comentou o senador Her�clito Fortes (PFL-PI).




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