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09/06/06 00:00 - Ag�ncias - Brasil

Varig pode ser vendida para funcion�rios

O Trabalhadores do Grupo Varig fez a �nica oferta de compra da companhia a�rea; Justi�a decide hoje se a proposta � v�lida

Clarice Spitz/Folhapress
Rio - O Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) fez oferta de R$ 1,010 bilh�o (US$ 449 milh�es) e pode comprar a Varig. Nas duas etapas do leil�o realizado ontem no Rio de Janeiro, essa foi a �nica proposta oficial. A Justi�a, no entanto, tem24 horas (ou seja, at� hoje) para analisar a oferta e decidir se � v�lida.

O valor representa pouco mais da metade do pre�o m�nimo de US$ 860 milh�es fixado pela Justi�a para a venda da parte operacional da Varig, que inclui as linhas dom�sticas e internacionais. O dinheiro, no entanto, ser� insuficiente para pagar os credores da empresa, que t�m d�vidas estimadas em R$ 7,9 bilh�es.

Al�m disso, a associa��o de trabalhadores tem cr�ditos a receber da empresa a�rea e vai utilizar esses receb�veis para pagar pela Varig, reduzindo o montante que sobrar� para os demais credores. O montante de R$ 1,010 bilh�o � dividido em R$ 225 milh�es em cr�ditos, R$ 500 milh�es em deb�ntures e participa��o no lucro da companhia e R$ 285 milh�es em dinheiro. Para que a Justi�a confirme a validade do leil�o, o TGV dever� comprovar que tem condi��es de garantir esses pagamentos e tamb�m de fazer o aporte necess�rio para garantir a continuidade dos v�os da empresa. Na segunda etapa, o TGV foi o �nico a apresentar propostas.

Na primeira parte, ningu�m se interessou pela empresa. Respons�vel pelo processo de recupera��o judicial da empresa, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8.� Vara Empresarial do Rio de Janeiro, deveria fixar um novo pre�o m�nimo, mas decidiu levar a empresa a leil�o de novo sem estipular um piso para a compra. Fontes da Varig divulgaram que cinco empresas teriam interesse na compra. TAM, Gol, OceanAir e C�u Azul (do escrit�rio de advocacia Ulh�a Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimento) chegaram a se credenciar para apresentar propostas, mas n�o fizeram lances oficiais em nenhuma das duas etapas do leil�o realizado ontem.

O desinteresse dessas empresas reflete d�vidas se o comprador da Varig teria mesmo garantias de que n�o herdar� d�vidas antigas da empresas a�rea, principalmente trabalhistas e previdenci�rias. A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional chegou a emitir anteontem um parecer favor�vel � n�o-sucess�o das d�vidas, condicionado, entretanto, a que o pre�o m�nimo fosse suficiente para pagar todos os credores.




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