BC v� risco maior e deixa d�vidas sobre novos cortes na taxa de juros

S�o Paulo - O Banco Central (BC) revelou que est� atento ao comportamento do mercado externo para evitar que as incertezas causadas pela turbul�ncia que atingiu os mercados nas �ltimas semanas se propaguem para o futuro, segundo a ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), divulgada ontem.

�Mesmo levando-se em conta que o aumento recente na volatilidade nos mercados financeiros internacionais poder� ter um car�ter transit�rio, � for�oso reconhecer que ele gerou uma eleva��o na incerteza em rela��o ao comportamento futuro da infla��o, que poder� acabar dificultando tanto a avalia��o de cen�rios pela autoridade monet�ria quanto a coordena��o de expectativas dos agentes privados�, diz o documento.

O comit� diz ainda que se manter� �vigilante� e que, caso o aumento do risco altere o cen�rio da trajet�ria de infla��o, �a estrat�gia de pol�tica monet�ria ser� prontamente adequada �s circunst�ncias�.

O �ltimo encontro do colegiado foi realizado nos dias 30 e 31 e reduziu a taxa b�sica de juros da economia, a Selic, de 15,75% ao ano para 15,25% ao ano. A taxa vem sendo reduzida desde setembro do ano passado. Como tinha alertado na ata da reuni�o anterior, o Copom reiterou que agir� com maior �parcim�nia� nas pr�ximas decis�es sobre o rumo da pol�tica monet�ria. Os tr�s cortes anteriores haviam sido um pouco maiores, de 0,5 ponto percentual.

A justificativa para a cautela � que os efeitos das pr�ximas decis�es ficar�o mais concentrados em 2007. �O Copom entende que a preserva��o das importantes conquistas obtidas no combate � infla��o e na manuten��o do crescimento econ�mico, com gera��o de empregos e aumento da renda real, requer que a flexibiliza��o adicional da pol�tica monet�ria seja conduzida com maior parcim�nia�, diz a ata.

O documento ressalta ainda que h� defasagens importantes entre a implementa��o da pol�tica monet�ria e seus efeitos sobre a economia e a infla��o. Para o comit�, boa parte dos efeitos do processo de corte nas taxas de juros - iniciado em setembro do ano passado - ainda n�o surtiu efeito. �Boa parte dos efeitos desses corte de juros ainda n�o se refletiu no n�vel de atividade, assim como os efeitos da recente retomada da atividade sobre a infla��o tamb�m n�o tiveram tempo de se materializar�, revela a ata.