C�mara d� 16,67% de aumento a todos aposentados e pensionistas

Bras�lia - O plen�rio da C�mara autorizou o aumento de 16,6% para todos os aposentados e pensionistas, e n�o s� para os que ganham o sal�rio m�nimo, que tiveram esse percentual de reajuste com a alta de R$ 300,00 para R$ 350,00 em abril. O governo havia determinado aumento de apenas 5% para os cerca de 8,3 milh�es de aposentados que recebem acima desse valor.

Segundo o Minist�rio do Planejamento, o impacto da decis�o da C�mara ser� de R$ 18 bilh�es, dinheiro que n�o est� previsto no Or�amento de 2006. Embora o novo �ndice de reajuste ainda precise ser aprovada pelo Senado, a base governista j� sinalizou que o presidente Luiz In�cio Lula da Silva vetar� o gasto extra.

A derrota ocorreu durante a vota��o da medida provis�ria (MP) 288, que elevou o m�nimo para R$ 350,00. Dos 294 votos v�lidos, 274 foram favor�veis � emenda do deputado Ivan Ranzolin (PFL-SC). Apenas 15 deputados votaram contra e cinco optaram pela absten��o.

Al�m dos votos v�lidos, 73 parlamentares fizeram obstru��o - orienta��o dada pela base governista. O governo ainda tentou evitar a derrota, alegando que esse assunto deveria ser tratado na MP 291, que deu o aumento de 5% para os aposentados e pensionistas que ganham mais que o m�nimo. O acordo foi fechado entre o governo e centrais sindicais. Prevendo a derrota, o l�der do governo na C�mara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), fez um discurso em que considerou como irrespons�vel esse aumento. �Se esta C�mara n�o tem a responsabilidade que os dirigentes sindicais tiveram, podemos at� fazer esse discurso de defesa dos aposentados, mas temos que ter a responsabilidade de que estaremos quebrando a Previd�ncia Social", disse.

Al�m disso, ele sinalizou que o governo ir� vetar esse aumento caso ele seja aprovado tamb�m no Senado - onde a oposi��o tem mais for�a. �Se aqui for aprovado algo irrealista, o presidente Lula vai mostrar mais uma vez que governa com responsabilidade." J� o l�der do PT na Casa, Henrique Fontana (RS), disse que esse reajuste � uma manobra da oposi��o para desgastar a imagem do presidente.