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07/06/06 00:00 - Pol�tica

Prefeitura assume a terceiriza��o da coleta

N�lson Gon�alves
Em janeiro de 2005, Renato Purini assumiu a terceiriza��o e anunciou contrato de emerg�ncia, com Tuga apoiando medidas saneadoras na Emdurb, mas exigindo, antes das a��es, a abertura das contas da empresa. Em janeiro de 2006 o foco mudou. Tuga se antecipou a Purini e falou � imprensa de sua determina��o em terceirizar o servi�o de coleta de lixo, mesmo com rea��es contr�rias. A fragilidade no servi�o e o volume de d�vidas da Emdurb continuaram sendo o mote dos argumentos.

Mas o conflito, ent�o, se estabeleceu quando o vice-prefeito passou a defender a recupera��o paulatina da empresa, com a manuten��o do servi�o de coleta de lixo. A afirma��o s� veio ap�s a Justi�a do Trabalho suspender, atrav�s de liminar, o edital de terceiriza��o. Mas mudou o janeiro e, sem o edital em suas m�os, Purini passou a massificar a��es de saneamento da Emdurb como alavancas para tentar mostrar que o servi�o de coleta poderia ficar sob sua responsabilidade.

Mas o pano de fundo da quest�o pode ser levantado por pelo menos outros dois indicadores. Por raz�es que s� o processo eleitoral pode desvendar, Purini v� agora o an�ncio de que a gest�o do lixo ser� tirada de sua m�os, com Tuga afirmando que, a partir de agora, o edital de licita��o ser� realizado pela Prefeitura. Na mesma fase, h� algumas semanas, caiu o diretor de Limpeza P�blica da Emdurb, Jorge Monteiro, parceiro da dupla Tuga-Purini desde a corrida eleitoral e principal articulador tamb�m do processo de terceiriza��o. At� hoje, o sil�ncio de Monteiro incomoda.

Para o chefe de Gabinete, Paulo S�rgio Canalli, a falta de alternativa � solu��o das dificuldades no servi�o de coleta exige que o prefeito resolva o problema. �O prefeito n�o mudou de posi��o, continua a Emdurb deficit�ria, sem condi��es de investir na substitui��o da frota ultrapassada por caminh�es novos e com a coleta atendendo a apenas 60% da cidade. Se a licita��o n�o pode ser feita pela Emdurb, ent�o o Executivo assume o edital�, resume.

J� Purini repete que o custo operacional da Emdurb caiu. �O custo da empresa hoje � menor do que em 2005, n�s fizemos 110 demiss�es e reduzimos a estrutura, economizando R$ 130 mil por m�s. Acertamos as escalas da coleta e hoje temos caminh�es de reserva parados � noite. Temos condi��es de tocar o servi�o e, com a corre��o do valor da tonelada do servi�o o equil�brio se mant�m�, ressalta, apesar de reconhecer que a quest�o central continua sendo os milh�es da d�vida herdada das gest�es passadas na Emdurb.

Ainda nesta semana, est� previsto que Purini e Tuga voltar�o a se reunir para discutir a adequa��o dos custos dos servi�os. Purini n�o fala publicamente, mas a economia de R$ 130 mil foi por �gua abaixo com a transfer�ncia da despesa de R$ 70 mil mensais do vale-compra da prefeitura para a empresa e a majora��o da folha a partir dos 5,03% de reposi��o salarial executados pelo Executivo.

O esfor�o do saneamento se esvaiu e agora o vice ainda corre o risco de ter a gest�o do lixo tirada de suas m�os. Com ela, l� se vai o tema para baixo da marquise estrutural do governo, este sim o foco do inc�ndio ainda a ser evitado pelo governo.




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