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06/06/06 00:00 - Regional

Garcaf� pode voltar a comercializar

A cooperativa fechou um acordo para que duas empresas privadas viabilizem o com�rcio do caf� produzido na regi�o

Davi Venturino
Gar�a - Apesar de passar por um processo de liquida��o, que se arrasta desde junho de 2005, a Cooperativa dos Cafeicultures de Gar�a (Garcaf�) alugou seu armaz�m que deve voltar a operar dentro de 10 ou 15 dias. Uma empresa de armazenagem e outra de exporta��o devem viabilizar a comercializa��o do caf� produzido na regi�o.

Segundo Jos� Wilson Lopes, liquidante da Garcaf�, as duas empresas privadas devem come�ar a armazenar e comercializar o caf� produzido na regi�o dentro de alguns dias. Lopes explica que o Grupo Coimex, de Esp�rito Santo, ser� respons�vel pela compra e exporta��o do produto enquanto que a empresa Leme Armaz�ns Gerais Ltda, com sede em Leme, ficar� respons�vel pelo recebimento e armazenagem dos gr�os. �N�s chegamos a um bom termo, eles j� est�o contratando os funcion�rios e j� est� tudo certo (...). Eu acredito que dentro de mais 10, 15 dias eles j� estar�o em condi��es de receber (o caf�)�, comemora Lopes.

Ele comenta que o n�mero de funcion�rios que ser�o contratados deve ser bem menor ao empregado anteriormente pela Garcaf� mas ressalta que, apesar disso, a m�o-de-obra vir� da pr�pria cidade. �Hoje em dia estas empresas trabalham com esquemas totalmente diferentes do que a gente tinha aqui. Eles trabalham mais com sistema intensivo de preparo de exporta��o. Eles v�o funcionar com um n�mero reduzido de funcion�rios (...). A inten��o deles hoje e fazer a exporta��o atrav�s de big-bag, que s�o sacos de uma tonelada de caf�, conta Lopes, lembrando que os funcion�rios contratados devem atuar na �rea de armazenagem e de maquin�rio.

Lopes comenta tamb�m que esteve em meados do m�s passado reunido com o ministro da Fazenda, em Bras�lia, onde apresentou, a Guido Mantega, a situa��o atual vivida pelos cooperados e os problemas decorrentes de uma poss�vel dissolu��o da Garcaf�.

A d�vida total da empresa � de R$ 47 milh�es. Desse total, R$ 18 milh�es s�o d�vidas com o Tesouro Nacional. A Garcaf�, por sua vez, entrou com a��o na Justi�a para receber do governo cerca de R$ 30 milh�es referente a cobran�a de impostos de 2% a 2,5% sobre as exporta��es de caf� entre 1981 e 1989. De acordo com Lopes, o governo Federal deve cerca de R$ 32 milh�es para a Garcaf� e que um acerto de contas entre as duas partes seria uma alternativa para resolver o problema.

�Eu pude colocar a situa��o da Garcaf�, a import�ncia dela e o esfor�o que os nossos cooperados est�o fazendo para que ela volte a funcionar. At� porque eu consegui pagar o passivo trabalhista integral (dos funcion�rios) e tem apenas mais uma parcela a pagar�, explica. De acordo com ele, o problema da d�vida e da dissolu��o da cooperativa, ser� discutido em uma outra reuni�o. �Eu estou preparando mais uma s�rie de documentos, que me foi pedido esta semana, para que nesta reuni�o a gente possa apresentar mais argumentos para o ministro Guido Mantega e procurar uma solu��o para o nosso problema�, espera Lopes.

O outro armaz�m da Garcaf�, em Patroc�nio, tamb�m foi alugado no ano passado. De acordo com Lopes a empresa Armaz�ns Gaerais Leste de Minas est� operando no local.


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Pre�os

Gar�a - Segundo o liquidante da Garcaf�, Jos� Wilson Lopes, existe a expectativa de pre�os melhores para venda da saca de caf� no in�cio do pr�ximo ano. Isso pode acontecer devido a problemas clim�ticos ocorridos em outros pa�ses e que prejudicaram a safra do produto. �Eu acho que existe uma previs�o de pre�os muito boa. O problema nosso, hoje, e que n�s (produtores) n�o estamos sendo bem remunerados em fun��o desse c�mbio (baixo)�. Apesar disso ele reconhece que o pre�o atual da saca n�o � ruim se comparado com outros per�odos. �N�s estamos vendendo caf� em d�lares num dos pre�os melhores que a gente j� teve�, comenta.

Lopes explica que a previs�o de safra do caf� na regi�o passa de 1 milh�o de sacas e que, historicamente, a Garcaf� foi respons�vel por cerca de 40% da �rea colhida. A expectativa das duas empresas, que v�o viabilizar o com�rcio do caf� da regi�o, segundo Lopes, � de exportar entre 300 a 350 mil sacas anuais do produto colhido na regi�o.

Ele lembra tamb�m que os cooperados ter�o liberdade para negociarem seus produtos com quem desejarem j� que a Garcaf� est� apenas locando o armaz�m e instala��es para uma empresa privada. �Os cooperados n�o est�o submissos a essas empresas. Essas empresas, inclusive, podem receber caf� de n�o cooperados�, conclui.




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