Embora a geladeira de Adriana Solano quase estivesse vazia ontem, ela n�o enfrenta a aus�ncia total de alimentos por dias seguidos, nem est� pele e osso. A situa��o dela, portanto, � classificada como de inseguran�a alimentar: possui o que comer, mas o card�pio n�o � saud�vel, informa a Secretaria Municipal do Bem-Estar Social (Sebes).
�Fome, literalmente, a gente n�o tem. Tem inseguran�a alimentar. Segunda-feira, por exemplo, a meninada come muito mais (em creches, escolas e em projetos sociais). A gente acredita que � porque no final de semana se alimentaram mal�, explica a titular da pasta Egli Muniz.
De acordo com ela, para reverter a situa��o, a popula��o conta com o aux�lio do governo (nas tr�s esferas), de entidades assistenciais legalmente constitu�das, organiza��es n�o-governamentais, grupos de volunt�rios e gente da sociedade civil. Muniz cita ainda o Centro Esp�rita Amor e Caridade e, programa Mesa Brasil, que tenta combater a fome ao evitar o desperd�cio. Por meio dele, frutas, verduras e legumes s�o entregues a institui��es de Bauru.
�Junto ao Centro de Refer�ncia da Assist�ncia Social (Cras), a gente tamb�m tem o que chama de Pronto-Atendimento Social. A gente procura que seja emergencial. Ela (a pessoa) � inserida num programa para tentar adquirir autonomia�, explica a secret�ria. Ela estabeleceu um perfil das fam�lias que n�o disp�em nem ao menos de R$ 60,00 mensais per capita. Normalmente, a fam�lia � formada por pessoas sem trabalho fixo ou v�tima de algum problema mental. |