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01/06/06 00:00 - Tribuna do Leitor

As �rvores e o meio ambiente

Desculpem senhores dirigentes da Sema e CPFL, mas os argumentos de V.Sas. n�o convencem! Aqui em Bauru a pol�tica de tratativa das �rvores sempre foi mal conduzida, uma vez que at� mesmo as organiza��es ambientais se omitem. Os nossos nobres legisladores da C�mara Municipal reduziram a quest�o na elabora��o de leis para multar os mun�cipes por podas ou tratos irregulares, enquanto que com a CPFL a Prefeitura Municipal faz �vistas grossas�. Parece que todos os respons�veis por esse problema procedem a maneira do avestruz, ou seja, enfiam a cabe�a no buraco e n�o observam o que se passa.

O plantio de �rvores em uma cidade organizada tem que merecer crit�rios a partir do seu advento. Sabemos que existem esp�cies de grande, m�dio e pequeno porte. Nas vias urbanas com rede de energia el�trica, deve-se plantar �rvores de pequeno porte, enquanto que no lado oposto, �rvores de m�dio porte. Para esse mister � necess�rio que a Prefeitura Municipal oriente com folhetos explicativos etc., e fiscalize toda comunidade. Ali�s, esse programa j� deveria ser iniciado nas escolas p�blicas e privadas. Quanto �s �rvores de grande porte, estas somente poder�o ser plantadas em locais amplos e que permitam o seu desenvolvimento livre, sem comprometer passeios p�blicos, resid�ncias, redes el�tricas e principalmente ilumina��o p�blica.

Aprendi junto � Secretaria da Agricultura do Estado, h� mais de quinze anos, que �rvores n�o se podam e quando tal provid�ncia for necess�ria, reduzir-se ao m�nimo poss�vel, evitando dessa forma o seu crescimento desordenado e o surgimento de doen�as que ir�o comprometer sua vida.

Em Bauru, o que se observa s�o podas radicais tanto da parte da popula��o, quanto de pessoas de m�o de obra aut�noma que dizem conhecer o assunto, mas que, no entanto, desconhecem princ�pios de cortes corretos, utilizando ferramentas e equipamentos inadequados.

Por outro lado, a CPFL que afirma realizar o servi�o com efici�ncia, tamb�m o faz de forma inadequada e por vezes predat�ria, pois n�o existe observ�ncia com rela��o �s t�cnicas de cortes, como tamb�m e principalmente junto a galhos de maior porte que j� se constituem como fustes os quais propiciam o crescimento das esp�cies. Esse trabalho � delegado a empreiteiras e o que se observa � uma grande abertura no centro das �rvores em forma de �V� (verdadeiras avenidas), que al�m de desequilibrar, aparecimento de doen�as proporciona novo crescimento, ocasionando depois o retorno das equipes para efetuar novamente a nefasta poda. Digo nefasta porque al�m do preju�zo e danos �s �rvores, em muitas esp�cies tem propiciado o aparecimento de cupins que migram para resid�ncias, danificando principalmente o madeiramento dos telhados e m�veis, mesmo em havendo o sacrif�cio da esp�cie.

Desde os tempos em que era uma empresa p�blica, a CPFL possu�a uma preocupa��o com o meio ambiente e em fun��o desse problema desenvolveu um equipamento simples e barato de nome �separador� que se instala junto � fia��o da rede secund�ria com a finalidade de evitar curto-circuitos e conseq�entemente a interrup��o de energia el�trica. Acreditamos que com o incremento desse equipamento, e se necess�rio pequenas podas de galhos o problema se resolva, pois a CPFL possui equipamentos do tipo tesour�es e serras hidr�ulicas apropriados a esse fim. Quanto �s empreiteiras, pelo fato de n�o possu�rem equipamentos adequados, restringem o trabalho de podas a a��o de pessoas contratadas com o uso de serras manuais e fac�es, obrigando o trabalhador subir nas �rvores com toda a sorte de situa��es imprevis�veis e que poder� ensejar a ocorr�ncia de acidentes do trabalho, como j� se registrou no passado, uma pr�tica que deveria ser abolida. Talvez seja por isso que o trabalho n�o seja fiscalizado por t�cnicos da CPFL, dadas as implica��es de car�ter civil e criminal na eventualidade de acidentes.

Desculpem mais uma vez, senhores, mas o que se observa � um verdadeiro vandalismo, quando deveria existir uma conviv�ncia harm�nica. N�o basta vir a p�blico e se explicar, � preciso resolver. Com a palavra a Prefeitura Municipal de Bauru, C�mara Municipal de Bauru, Cia. Paulista de For�a e Luz, organiza��es n�o governamentais, �rg�os governamentais e popula��o.


Antonio Carlos Pinto de Arruda - RG 3.545.432




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