PCC TRANSFORMA SP NO IRAQUE

De sexta a noite at� domingo, 100 atentados e 52 vitimas, n�meros que somente o Iraque ostenta, n�meros que nem no maior pesadelo poder�amos imaginar.

Culpa de quem? Come�ar�amos com a legisla��o federal, que permite para 12.000 presos, s� em SP, saiam no Dia das M�es e em mais 35 dias por ano, ou seja, f�rias maiores do que as do trabalhador. Tudo come�ou com o Natal para poucos presos e as press�es foram ficando cada vez maiores, e para alivi�-las cada vez mais concess�es. A� veio Dia das M�es, dos Pais, Finados, Ano novo e muito mais. Com certeza, muitos destes atentados foram cometidos por estes que legalmente est�o saindo dos pres�dios. Tamb�m come�ou com outros direitos, como visitas �ntimas, em algumas unidades, e da� para todas as demais, at� mesmo em cadeias sem a menor estrutura, causando a maior promiscuidade. Ainda rescentemente foram acrescentadas progress�es de pena, at� para crimes hediondos, recursos tamanhos que qualquer pessoa com razo�vel condi��o pode postergar a pris�o quase indefinidamente.

Velozmente nos tornamos ref�ns de fascinoras, agora tudo � direito adquirido. Se o Estado decide isolar os l�deres por uma provavel rebeli�o, para coloc�-los em uma pris�o isenta de celulares � suficiente para uma revolta deste porte e vidas humanas de policiais no cumprimento do dever ou simplesmente no seu descanso s�o ceifadas. Acredito que existiram erros, a come�ar dos nossos legisladores, mais preocupados em emendas para ambul�ncias no or�amento e com garantir o seu mensal�o do que revisar a legisla��o absurda, que d� a estes fac�noras o direito de manter a popula��o ref�m de seus objetivos nada nobres, de poder por amea�a.

At� onde estes bandidos desejam humilhar o estado democr�tico? Se desta vez novamente nos rendermos a esta chantagem, quanto ir� custar a chantagem da pr�xima vez. Necessitamos de provid�ncias na esfera federal, leis que permitam anular de uma s� vez todas estas prerrogativas absurdas, e ainda apoio da PF, do ex�rcito e do Judici�rio (este tamb�m j� teve ju�zes e promotores assasinados) e ainda mesmo sendo um ano pol�tico, que o governo estadual e federal se unam por uma quest�o desta gravidade e interesse p�blico.

Felizmente, at� aqui em Bauru nada aconteceu, mas, sem d�vida, se n�o forem tomadas medidas duras, ningu�m estar� livre deste pesadelo em nenhum lugar. Um dos objetivos destes meliantes � de assustar a sociedade e n�o devemos de maneira nenhuma ceder, at� porque o estado democr�tico necessita dentro da lei dar resposta, retirando os previl�gios conquistados por estes que n�o sabem exerc�-los. (M�rcio Carvalho)