Prodigy lota arena do Skol Beats

O maior festival de m�sica eletr�nica da Am�rica Latina - ou do mundo, como alardeou a organiza��o do Skol Beats - foi pequeno demais para o Prodigy. Pouco antes de a banda inglesa subir ao palco principal, a maior parte do p�blico de 59.500 pessoas tentou arrumar um lugar para assistir ao grupo, esvaziando os outros cinco espa�os do evento.

O palco foi colocado na �rea chamada Arena Skol Anhembi - que serve como concentra��o das escolas de samba nos desfiles de Carnaval de S�o Paulo. O p�blico que acabara de ver o show dos norte-americanos LCD Soundsystem, � 1h da manh� de hoje, n�o conseguia sair do espa�o devido ao grande fluxo de gente que tentava entrar no local. Houve um empurra-empurra generalizado, v�rias pessoas passaram mal e tiveram de ser atendidas nos postos m�dicos do complexo do Anhembi.

Al�m disso, foram registrados 50 casos de furto ou extravio de objetos como bolsas, carteiras e celulares. Para assistir � apresenta��o do Prodigy, muita gente subiu �s arquibancadas laterais do samb�dromo. Mesmo com a vis�o bem prejudicada, era a �nica solu��o para evitar a confus�o da massa que se formou em frente ao palco. J� distante do auge, o Prodigy mostrou que ainda exerce enorme fascina��o no p�blico brasileiro. A banda � tida como respons�vel por imprimir atitude e visual punk � dance music dos anos 90. O hit �Smack My Bitch Up� foi cantado a plenos pulm�es pela multid�o ao final do show. A banda � liderada pelo produtor Liam Howlett e tem nos seus dois carism�ticos vocalistas, Keith Flint e Maxim Reality, o apelo pop entre o p�blico jovem.

Minuto de sil�ncio

Bem antes do in�cio da apresenta��o do Prodigy, houve um minuto de sil�ncio no Skol Beats, liderado pelo DJ Patife no palco principal. Foi um tributo aos policiais mortos em S�o Paulo nos ataques realizados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) desde sexta-feira. Patife ainda agradeceu � PM por sua atua��o na seguran�a do festival. No trio el�trico do festival, DJ Marlboro dedicou sua �ltima m�sica �s v�timas do PCC.

Mais de 80 atra��es perpetraram a maratona de apresenta��es do Skol Beats, entre as 16h de s�bado e as 9h50 de ontem. � parte os problemas no show do Prodigy, a estrutura do festival funcionou: o sistema de som estava alto e n�tido e n�o faltou cerveja (como em outros anos) e esta era mais barata (R$ 2,00) do que �gua mineral (R$ 3,00). A decora��o das tendas, no Espa�o da Aeron�utica, do outro lado da avenida Olavo Fontoura, foi elogiada por clubbers (foram plantadas palmeiras e o ch�o foi coberto por pedras).

Mas as extensas e chatas filas para ir ao banheiro e um problema no som no in�cio da apresenta��o de Mau Mau e Anderson Noise foram detalhes inc�modos. Ao contr�rio do ano passado, esta s�tima edi��o do Skol Beats foi recheada por v�rias boas apresenta��es, que animaram o p�blico tanto no palco como nas tendas e no trio el�trico. Os roqueiros LCD Soundsystem, os produtores Gui Boratto e Renato Cohen e os DJs Sven V�th, Tiga, Plump DJs, Marlboro, Murphy e Armin van Buuren foram os destaques da maratona.

A iniciativa de dedicar um espa�o exclusivo ao trance psicod�lico tamb�m agradou. O g�nero � o mais popular da eletr�nica no Brasil, e, no festival, ficou a cargo do n�cleo de festas Tribe organizar o local e escolher os DJs. O espa�o foi decorado para lembrar uma rave, com desenhos lis�rgicos e mudas de �rvores. A tenda do drum�n�bass, chamada DJ Marky & Friends, esteve cheia em quase todo o festival.