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25/04/06 00:00 - Ag�ncias - Brasil

TJ nega habeas corpus para Suzane

R� confessa na morte do pais, jovem de 22 anos continuar� presa no Centro de Ressocializa��o de Rio Claro at� o julgamento

Folhapress
S�o Paulo - O Tribunal de Justi�a (TJ) de S�o Paulo negou hoje a liminar do pedido de habeas corpus de Suzane von Richthofen, 22 anos, que confessou ter participado do assassinato dos pais em outubro de 2002. Cabe recurso � decis�o. A acusada est� presa desde o �ltimo 10, e foi levada ao Centro de Ressocializa��o de Rio Claro (a 175 quil�metros de S�o Paulo) no dia 13.

Em sua decis�o, o desembargador Dami�o Cogan, da 5.� C�mara Criminal, afirma que � melhor esperar o julgamento do m�rito do pedido pela turma julgadora da 5.� C�mara. �N�o � o caso de concess�o de medida liminar, que � excepcional em mat�ria de habeas corpus, j� que este tem rito extremamente r�pido e ser� julgado em poucos dias�, afirmou, em sua decis�o.

O caso deve ser analisado por tr�s desembargadores, entre eles Cogan, que � o relator do pedido. N�o h� prazo fixado para o julgamento do m�rito. Para o promotor do caso, Roberto Tardelli, a decis�o do desembargador j� era esperada. �A pris�o est� calcada em dados da realidade. Ela solta representa risco ao irm�o (Andreas von Richthofen, 19 anos), porque ele complica a situa��o dela � medida que n�o permite que ela tenha acesso aos bens e quer exclu�-la de ter direito � heran�a�, afirmou Tardelli. Segundo ele, a m� repercuss�o da pol�mica entrevista da acusada ao programa �Fant�stico�, da Rede Globo, tamb�m a deixou mais prop�cia a uma fuga.

No �ltimo dia 20, o m�dico Miguel Abdalla, tio da acusada, entrou com uma peti��o na Justi�a na qual ele afirma que Suzane foi vista �rondando� a casa onde ele vive com sua m�e e Andreas, no bairro do Jardim Aeroporto (zona sul de S�o Paulo). A medida complicou ainda mais a situa��o de Suzane com a Justi�a. Procurados pela reportagem, os advogados de Suzane, M�rio S�rgio de Oliveira e M�rio de Oliveira Filho, n�o ligaram de volta para comentar o caso.

Na manh� de hoje, antes de saber da decis�o do desembargador, Oliveira Filho criticou a deten��o e disse que a acusa��o plantou provas na solicita��o de pris�o feita � Justi�a. No texto do pedido de habeas corpus, os advogados criticaram a atitude do juiz e insinuaram que ele foi influenciado pela m�dia. Oliveira Filho disse que Suzane n�o pretendia fugir do pa�s nem tampouco rondou a casa do irm�o. �O tio disse que ela rondou a casa h� dois meses, porque ele s� comunicou isso � Justi�a depois da pris�o dela?�, questionou.

O tutor da acusada, Denivaldo Barni, n�o foi encontrado, em seu escrit�rio, para falar sobre a decis�o. Miguel Abdalla n�o atendeu a liga��o da reportagem.

Julgamento

Suzane foi presa no �ltimo dia 10, ap�s o juiz Richard Francisco Chequini, do 1.� Tribunal do J�ri, acatar pedido do Minist�rio P�blico. Ela estava em liberdade desde o dia 29 de junho do ano passado, ap�s ser beneficiada por uma decis�o do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) que a permitia aguardar o julgamento em liberdade.

Suzane, seu namorado na �poca, Daniel Cravinhos, e o irm�o dele, Cristian, confessaram o assassinato dos pais dela, Manfred, 49 anos, e Mar�sia, 50 anos, em outubro de 2002. O casal foi morto com golpes de barra de ferro enquanto dormia. Os tr�s foram denunciados � Justi�a por duplo homic�dio triplamente qualificado - motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da v�tima. O julgamento do tr�s est� marcado para 5 de junho.




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