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15/04/06 00:00 - Auto Mercado

Dr. Autom�vel: Cuidados na instala��o de som

Consultor: Marcos Serra Negra Camerini*
A maioria dos carros vem de f�brica com sistema de som instalado ou, pelo menos, preparado para ser instalado. Isto quer dizer que h� chicotes, fios, conectores e fus�veis j� colocados e dimensionados para uma determinada instala��o padr�o. O aparelho de r�dio/toca fitas/CD player, assim como os alto-falantes, a serem usados devem ser compat�veis com o sistema padr�o do ve�culo.

Em prepara��es de som mais pesadas, usam-se amplificadores de pot�ncia para aumentar o volume de som dentro do habit�culo. Caixas de som pesadas ser�o instaladas no porta-malas para refor�ar os graves e tweeters estrategicamente distribu�dos para os agudos, juntamente com os alto-falantes para os m�dios, todos igualmente escolhidos para suportar a nova pot�ncia do sistema. Alguns sistemas de ponta atingem mais de 1500W de pot�ncia, outros nem tanto, mas mesmo assim geram um som �pancad�o�. Tudo muito bom, para quem gosta. Mas e o carro, como fica?

O sistema original, via de regra, foi dimensionado para um aparelho de som com no m�ximo 35 a 50W por canal, usando a bateria de 12V original do ve�culo. Assim sendo, a bitola dos fios respeitam esta pot�ncia original e n�o precisam ser maiores do que o necess�rio por uma quest�o de custo de produ��o. Se colocarmos um amplificador muito grande, teremos que redimensionar o chicote, com fios com bitola adequada para esta nova pot�ncia.

Caso contr�rio, o calor gerado pela corrente elevada que passar� pelos fios poder� ocasionar um curto-circuito no sistema e at� mesmo um inc�ndio, pois os fios podem derreter e o chicote passa por meio de carpetes, pl�sticos e tape�aria do ve�culo. Os conectores tamb�m precisam ser muito bem encaixados e firmes, para evitar mau contato e as conseq�entes gera��es de calor e perdas de qualidade de som.

Corrigido o chicote, temos de adequar os fus�veis do sistema para as novas solicita��es de energia. Nunca se deve colocar um fus�vel de capacidade grande demais, que seria o mesmo que estar fazendo uma liga��o direta, nem elimin�-lo de vez. Deve-se calcular a nova demanda de pot�ncia do sistema e adequar o fus�vel para sua prote��o.

Feito isso, voltamos � fonte de energia que far� tudo funcionar. Em sistemas de som muito pesados, recomenda-se a troca de bateria e, eventualmente, at� do alternador por modelos de maior capacidade. Isto porque o sistema drenar� mais rapidamente a energia da bateria, que tamb�m aciona todos os sistemas el�tricos do carro. Da� ela necessitar de uma capacidade maior de armazenagem. Da mesma forma, precisar� ser recuperada mais rapidamente, necessitando de um alternador maior.

O maior esfor�o do alternador em recarregar a bateria retirar� mais pot�ncia do motor, diminuindo o desempenho e aumentando o consumo. Mas como tudo � um compromisso entre as partes, deve-se escolher o melhor custo-benef�cio e mandar ver no �sonz�o�, mas com responsabilidade e crit�rio t�cnico para n�o ficar na rua...


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CORREIO T�CNICO

Quando sei que o motor de um carro est� na hora de ser retificado?

Os sintomas s�o t�picos: o motor perde pot�ncia e faz muito mais barulho do que o normal - n�o do escapamento, mas como de batidas internas devido �s folgas exageradas das pe�as desgastadas (bronzinas, casquilhos, bielas, virabrequim, an�is e pist�es) -, al�m de consumir muito �leo e soltar fuma�a azulada pelo escapamento em retomadas e acelera��es. O motor tamb�m fica dif�cil de pegar quando frio, pois a compress�o � menor devido �s folgas nos an�is, e tem funcionamento irregular e trepidante quando quente.


�lvaro Jos�, Bauru (SP)



Sugest�es para a coluna e perguntas � se��o Correio T�cnico devem ser enviadas ao e-mail [email protected] ou � reda��o do Jornal da Cidade, na rua Xingu, 4-44, Higien�polis. � obrigat�rio informar nome completo, RG, endere�o e contato (telefone ou e-mail).



*Marcos Serra Negra Camerini � engenheiro mec�nico formado pela Escola Polit�cnica da USP, p�s-graduado em Administra��o Industrial e Marketing e Engenharia Aeron�utica, com passagens como executivo na General Motors (GM) e Opel. Tamb�m � consultor de empresas e assina uma coluna na revista Quatro Rodas Nitro. Seu site � www.marcoscamerini.com.br.




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