Idosos est�o vivendo melhor, diz FGV

S�o Paulo - Os idosos est�o vivendo mais e melhor no Brasil. Esta � a conclus�o de uma pesquisa realizada nos anos de 1998 e 2003 e divulgada ontem, no Rio, pela Funda��o Get�lio Vargas (FGV). Segundo o estudo, a tend�ncia natural de piora dos indicadores de sa�de por causa do envelhecimento est� sofrendo desacelera��o. As informa��es s�o da Ag�ncia Brasil.

O �ndice da popula��o com 65 anos ou mais, que avaliou seu estado de sa�de como bom ou muito bom, subiu de 36,5% para 40%, no per�odo analisado, enquanto a avalia��o do restante da popula��o permaneceu est�vel, girando em torno de 81%. Segundo o chefe de Centro de Pol�ticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, Marcelo N�ri, a melhoria nos n�veis de sa�de da popula��o idosa ocorreu principalmente em fun��o da melhoria da renda, principalmente dos idosos mais pobres.

�O Brasil, nos �ltimos anos, fez uma op��o preferencial pela terceira idade, aumentando o reajuste do sal�rio m�nimo, o benef�cio de presta��o continuada, que s�o benef�cios assistenciais, enfim, uma s�rie de decis�es de transfer�ncia de renda que acabou acarretando essa melhora de qualidade de vida e de sa�de�, afirmou.

A pesquisa revelou que a renda per capita de fam�lias com idoso foi a que mais cresceu no per�odo analisado, subindo 43% no per�odo analisado. O acesso a planos privados de sa�de tamb�m aumentou no caso dos idosos. Em 1998, 26,1% dessa popula��o usufruia o servi�o. Em 2003, o �ndice subiu para 29,7%.

Os n�o idosos se mantiveram est�veis nesse crit�rio, passando de 24,3% para 24,2%. A propor��o de idosos acamados nos 15 dias anteriores � pesquisa tamb�m caiu de 10,4% para 9,3%. A situa��o dos n�o idosos n�o sofreu grande altera��o (3,52% para 3,7%). Entre os principais gastos dessa faixa dos brasileiros, est�o as despesas de sa�de e cuidados pessoais, respons�veis por 15% do or�amento das fam�lias, contra 10,4% do conjunto de fam�lias pesquisadas.

Os idosos com renda abaixo de oito sal�rios m�nimos gastam mais com medicamentos (5,8% do or�amento) e os com renda superior a essa faixa despendem mais com m�dicos, hospitais, laborat�rios e planos de sa�de (8,5% do or�amento). Outro destaque do estudo � o aumento da longevidade, que representa o n�mero de anos, em m�dia, que uma gera��o vai viver.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), a esperan�a de vida ao nascer da popula��o brasileira chegou a 71,2 anos em 2000, contra 62,2 anos em 1980. Para avaliar os n�veis de sa�de dos idosos, foram ouvidos cerca de 40 mil brasileiros nos anos de 1998 e 2003. A pesquisa tomou como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (PNAD), do IBGE.