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23/03/06 00:00 - Tribuna do Leitor

Como pode a �rvore m� dar bons frutos

Temos assistido a uma s�rie de fatos no cen�rio nacional que envolve o PT. Partido que, na �ltima elei��o, conseguiu canalizar a esperan�a da maioria da popula��o atrav�s de uma campanha que propunha mudar a forma de fazer pol�tica no Brasil fazendo com que se exercitasse plenamente a cidadania, a melhorar a distribui��o de renda e, principalmente, gerar 10 milh�es de empregos. O que conclu�mos foi que at� mesmo quando a campanha estava em curso, j� estava contaminada, seja atrav�s da orienta��o maquiav�lica do marqueteiro Duda Mendon�a do Lulinha paz e amor e da esperan�a vencendo o medo, com os recursos do famigerado Marcos Val�rio, cooordenados pelo trio Del�bio (vale tudo), Silvinho (Land Over) e chefiados pelo vice-rei Jos� Dirceu.

Quase nada do que se prometeu foi cumprido. A forma de fazer pol�tica j� vinha sendo baseada nos recursos do caixa dois do ABC (vide-Celso Daniel), em Campinas e ainda em Ribeir�o Preto, do ministro Palocci. Realmente, n�o era igual aos demais partidos. Ou seja, n�o se fazia caixa de campanha com a colabora��o, �s vezes for�ada, de empreiteiros e fornecedores, mas se utilizava de servi�os como lixo, seguran�a e limpeza de uma forma t�o intensa de fazer inveja ao incompetente PC Farias. E, como j� foi dito por um pol�tico, comparado com o esquema PT, o Farias era trombadinha. Usando o princ�pio b�blico, que sem d�vida � verdadeiro, como pode a �rvore m� dar bons frutos, como pode uma campanha financiada com dinheiro sujo, cheia de mentiras e promessas do tipo �me engana que eu gosto�, dar em um bom presidente, que respeitasse a cidadania e buscasse o bem do Pa�s ao inv�s do bem de um partido ou ideologia?

Quanto � democracia plena e cidad�, primeiro tentaram amorda�ar o Minist�rio P�blico, depois a imprensa e, finalmente, descambaram para politizar o Supremo Tribunal, coisa jamais vista nem mesmo nos tempos da ditadura. Agora, at� mesmo o sigilo banc�rio de um pobre caseiro � quebrado sem necessidade de nenhum recurso judicial. Mas, provavelmente, por um telefonema do Minist�rio da Fazenda ou at� mesmo de um petista de m�dio escal�o. Com isso, todas as esperan�as foram embora e o medo voltou. Desta vez, n�o como uma possibilidade dos profetas da cat�strofe, mas como uma certeza respaldada pelos fatos. A �ltima promessa da distribui��o de renda s� se concretizou entre os banqueiros, que nunca ganharam tanto. Sem falar nos bancos rurais e BMGs da vida. Para consolo e para garantir a fidelidade do eleitorado, uma s�rie de programas a la Getulio Vargas, tipo pai dos pobres, o emprego foi substitu�do por puro assistencialismo que, ao inv�s de ensinar a pescar, d� o peixe, garantido a continuidade da fome at� a proxima elei��o.

N�o fa�o, nunca fiz e n�o pretendo fazer pol�tica partid�ria e me considero isento como qualquer brasileiro para pedir � classe pol�tica, inclusive para aqueles petistas que tinham o ideal de mudar o Pa�s, que tenham o m�nimo de dec�ncia e de respeito ao cidad�o, fazendo desde a campanha um procedimento diferente. Quem sabe colocando na Internet, em tempo real, suas despesas de campanha e seus financiadores para que o cidad�o comum saiba antes de votar, com os tribunais checando todas as informa��es e punindo com a perda de mandato que n�o fizer isso.


M�rcio M. Carvalho




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