Paris - A pol�cia disparou balas de borracha e bombas de g�s lacrimog�neo para dispersar um grupo de estudantes que atirava pedras e bombas incendi�rias e havia ateado fogo numa banca de jornais no Centro de Paris. Oito policiais foram feridos. No in�cio da noite, cerca de 2.000 estudantes tamb�m enfrentavam a pol�cia nas imedia��es da Sorbonne, a hist�rica universidade francesa na regi�o parisiense do Quartier Latin.
O Minist�rio do Interior calcula que 247 mil estudantes sa�ram �s ruas em toda a Fran�a para protestar contra a nova lei do governo que estimula a contrata��o de rec�m-formados, mas ao mesmo tempo suprime alguns direitos trabalhistas nos 24 primeiros meses do contrato.
Os organizadores das manifesta��es acreditam terem sido 500 mil. Mas os incidentes foram exce��o em meio a manifesta��es pac�ficas, em 200 cidades francesas. Novas passeatas est�o marcadas para hoje. O sucesso quantitativo da mobiliza��o se deve � ades�o dos sindicatos e partidos de esquerda, bem como � presen�a maci�a de secundaristas.
Foi tamb�m a primeira vez em toda a Fran�a que a Internet serviu de instrumento de mobiliza��o, com a marca��o de locais de concentra��o e filipetas ou cartazes dispon�veis para downloads. Na ter�a-feira, nas imedia��es da Sorbonne, manifesta��o tamb�m contra o Contrato do Primeiro Emprego (CPE) havia reunido apenas 4.000 estudantes.
O movimento teve in�cio no final da semana passada. Bem mais que uma quest�o estudantil ou trabalhista, a onda de protestos coloca em posi��o dif�cil o primeiro-ministro Dominique de Villepin, candidato preferido do presidente Jacques Chirac para suced�-lo em 2007.
Se sair desgastado do epis�dio, Villepin favorecer� indiretamente seu principal rival, Nicolas Sarkozy, o ministro do Interior. Como aquele minist�rio � o respons�vel pela pol�cia, excessos na repress�o poderiam provocar o naufr�gio eleitoral precoce de ambos ao mesmo tempo. |