Em tempos dif�ceis, neste imenso mar territorial do Brasil, a �ostra�, que � um molusco, faz �moluscula��o� nas pedras submersas por entre as algas marinhas para vencer a mar� baixa do desemprego, que se avoluma em propor��es oce�nicas e tamb�m para escapar do estresse causado pelo vai-e-vem das ondas, que lembra o atual governo, fazendo muito barulho e �morrendo na praia�. Apol�tica, numa roda de bate-papo entre mexilh�es e mariscos, ela, precavida, muda de assunto falando de �ostra� coisa. Na sua alimenta��o, a �ostra� n�o come frutos do mar, com receio de engolir uma colega �ostragada�. �Lula�, ent�o, nem pensar! Experimentou e se deu mal! Ficou depressiva, no maior � baixo ostral�. Para relaxar, a �ostra� toca violino, usando um rar�ssimo �ostra divarius�. A �ostra� � muito inteligente; algumas s�o �ostra ordin�rias�. �s vezes, conforme a mar�, ela fica escondida, jogada no maior �ostra cismo�. A maior homenagem que uma �ostra� recebeu foi do mestre Adoniran Barbosa, em seu �Samba do Ernesto�, onde ele fala para nossa protagonista n�o repetir o erro de ter experimentado �Lula�: �Da ostra veis, n�is num vai mais�.
Fernando Lucilha Jr. |
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