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03/03/06 00:00 - Economia

Cresce o n�mero de mulheres em atividades do setor el�trico

Patr�cia Zamboni
J� n�o � novidade que, com muito talento e compet�ncia, as mulheres est�o presentes nos mais diversos setores do mercado de trabalho. Podendo ser registrado como mais uma conquista, um levantamento do Departamento Intersindical de Estudos e Estat�sticas Socioecon�micos (Dieese) aponta o crescimento da participa��o feminina em um setor que ainda � extremamente marcado pela figura do trabalhador masculino: energia el�trica.

De acordo com dados de 2004, mais de 3 mil mulheres trabalham nas �reas administrativa, t�cnica e operacional das empresas de gera��o, transmiss�o e distribui��o de energia. S�o eletricistas, t�cnicas, auxiliares, engenheiras, psic�logas, assistentes sociais, gerentes, diretoras, entre outras fun��es. A partir de hoje at� o dia 8 de mar�o, o Jornal da Cidade publica uma s�rie de mat�rias sobre o universo feminino em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

No setor el�trico elas ainda s�o minoria na compara��o com o total de trabalhadores. No Estado de S�o Paulo, por exemplo, as mulheres eletricit�rias ocupam 14% das vagas do setor. Contudo, � cada vez mais comum encontrar cargos de chefia sendo ocupados por uma mulher em empresas de transmiss�o e distribui��o de energia.

� o caso da engenheira Sueli de F�tima Sim�es Juliani, 48 anos, que comanda uma equipe de 11 homens na Companhia de Transmiss�o de Energia El�trica Paulista (Cteep), localizada em Bauru, na rodovia Marechal Rondon. Com orgulho, ela conta que foi a primeira engenheira (mulher) do Interior a ingressar nos quadros da antiga Companhia Energ�tica de S�o Paulo (Cesp), h� 21 anos.

�Nessa profiss�o a gente se acostuma a conviver com homens desde a faculdade. Eu me formei em 1982 e, quando comecei o curso de engenharia el�trica, eram apenas tr�s mulheres em uma turma com 80 alunos. Nunca fui alvo de preconceito (no mercado de trabalho) e n�o tenho nenhuma dificuldade em trabalhar com homens�, conta Sueli.

Na opini�o da engenheira, o fato de ser mulher at� facilita o gerenciamento de sua equipe. �Eu acho que � at� melhor o fato de eu ser mulher no que diz respeito a comandar uma equipe de homens, porque as mulheres t�m mais jeito e jogo de cintura para lidar com as pessoas e com uma s�rie de situa��es�, avalia.

Eletricista

Tamb�m na Cteep, entre o quadro de funcion�rios eletricistas est� Ludmila Junqueira Ferreira, 24 anos, casada. O gosto pela energia da profiss�o j� veio de seu pai, que trabalhava na Cesp. Ali�s, a hist�ria de Ludmila � interessante. Ela entrou na empresa com 14 anos de idade como menor aprendiz, encaminhada pelo Servi�o Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

�Eu fiquei tr�s anos como aprendiz e, quando fiz 18 anos, fui efetivada na empresa. Nunca fui discriminada na minha profiss�o, mas logo que comecei a trabalhar as pessoas estranhavam, porque al�m de mulher, eu era muito nova. H� um ano, estou trabalhando no setor de programa��o e controle da empresa, na �rea de oficina el�trica�, conta a eletricista, que j� fez servi�os de manuten��o de rede el�trica em diversos pontos do Estado de S�o Paulo.

O departamento de recursos humanos (RH) da Cteep tamb�m � comandado por uma mulher, a assistente social Maria Cristina Martini Bressan, 46 anos. Formada desde 1989, ela presta assessoria gerencial, acompanhamento profissional e social aos funcion�rios, entre outras atividades.

�Na verdade, meu trabalho aqui � multidisciplinar. Eu desenvolvo diversos projetos sociais, como o de anti-tabagismo, e de cidadania. Quando h� necessidade, amplio o trabalho � fam�lia do funcion�rio tamb�m.�

De acordo com Nilson Polin�rio, diretor do Sindicato dos Energ�ticos de S�o Paulo (Sinergia/CUT) em Bauru, na Cteep existem cerca de 20 mulheres entre o quadro total em torno de 280 funcion�rios. Na Companhia Paulista de For�a e Luz (CPFL) s�o 30 trabalhadoras de um total de 250 empregados.

�Nos �ltimos dez anos, vem crescendo muito a participa��o das mulheres no setor el�trico�, afirma Polin�rio. No pr�ximo dia 7, ser� realizado o semin�rio �Mulheres do Brasil: despertar para construir uma nova realidade�, no Gr�mio Recreativo Energ�tico de Bauru.


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Programa��o especial

O Bauru Shopping programou uma s�rie de atividades abertas ao p�blico para comemorar o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de mar�o. No dia 6, �s 16h, na pra�a central, haver� um painel de maquiagem com Allan Cappabianco (Cia. Paulista de Moda). �s 18h, painel de moda inverno 2006 com Reginaldo Fonseca, e �s 20h, painel de cabelos (cuidados b�sicos e cortes), com Cappabianco.

No dia 7, no mesmo local, �s 16h, haver� painel de est�tica com a Onodera Est�tica, de Bauru. �s 18h, painel de maquiagem com Allan Cappabianco. �s 20h, painel de moda inverno 2006 com Reginaldo Fonseca.

No dia 8, v�rias outras atividades ser�o realizadas na pra�a central, das 15h at� as 20h, incluindo palestras com o ginecologista Marcos Cabello e o dermatologista Wagner Monteiro.


Da Reda��o




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