Parecia ser apenas mais um daqueles filmes de adolescentes abobalhados em busca de divers�o/sexo que surgiam �s pencas nos EUA dos anos 80. Mas �Picardias Estudantis� (1982) chamava a aten��o, principalmente, pelo est�pido surfista Jeff Spicoli, que era interpretado de uma forma t�o real e natural por Sean Penn que muitos espectadores acharam estar interpretando a si mesmo.
�Ele merecia ser indicado ao Oscar pelo papel. E n�o estou brincado�, diz o amigo de inf�ncia de Penn e ator Charlie Sheen no programa �Biography� que o canal pago A&E exibe hoje, �s 22h. Este foi o segundo longa-metragem de Penn e o primeiro em que atraiu a aten��o do p�blico, mas j� dava mostras de sua busca pelo n�o-convencional.
Se encarnou um estere�tipo em �Picardias�, durante os anos seguintes ele carregaria outros r�tulos - o mais marcante deles, o �bad boy� que brigava com fot�grafos e batia em sua ent�o mulher, a cantora Madonna, quase relegaria seu trabalho a segundo plano, nos anos 80.
Se ele fornecia, involuntariamente, farto material para os tabl�ides, em seus filmes ele tentaria, nesta fase inicial, aproximar-se da sua grande influ�ncia, o cinema dos anos 70, de filmes com personagens marginais que retratavam a decad�ncia do sonho americano, como �Taxi Driver�.
Assim, pulou fora do bonde em que andavam companheiros de gera��o, como Tom Cruise, que buscavam o destino �f�cil�. Com filmes de bilheteria mais modesta, volta e meia, at� hoje, quase se perde em maneirismos - em pap�is � Robert De Niro, como personagens exc�ntricos ou deficientes mentais -, ao mesmo tempo em que conduz uma boa carreira de diretor.
Penn desempenha, no entanto, um papel na vida real t�pico da �esquerda� cultural. � o artista marginal domado, considerado o melhor ator de sua gera��o, politizado e cr�tico de George W. Bush. Sorte sua e do p�blico que o pedantismo n�o o interessa. Biography: Sean Penn. |
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