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28/02/06 00:00 - Internacional

Toque de recolher acaba, tens�o segue

Bagd� vive calmaria ap�s rezas e refor�o da seguran�a, por�m sem saber at� quando a viol�ncia sect�ria ser� contida

Folhapress
Bagd� - Os apelos de l�deres isl�micos iraquianos por uni�o entre �rabes sunitas e xiitas surtiram efeito, e a viol�ncia sect�ria arrefeceu: de dezenas nos dias anteriores o saldo de mortos caiu para menos de 20 ontem. Entretanto n�o � poss�vel determinar ainda se a relativa calma - mantida na Capital com tanques nas ruas - perdurar� ap�s quatro dias de uma viol�ncia sect�ria que deixou 300 mortos.

O governo ordenou a suspens�o do toque de recolher diurno, imposto em Bagd� na �ltima sexta-feira para conter os ataques e contra-ataques entre grupos xiitas e sunitas detonados pela explos�o, dois dias antes, de uma importante mesquita xiita na cidade de Samarra. O toque de recolher noturno, que vigora desde o fim da guerra, em 2003, permanece.

O Minist�rio da Defesa levou seus tanques da era sovi�tica - comprados pelo ex-ditador Saddam Hussein - a alguns dos pontos mais vol�teis da Capital, e soldados tinham ordem para deter quem estivesse armado. O clima era tenso, com moradores fazendo vig�lias e interditando ruas. Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado em Samarra, mas as suspeitas caem sobre a rede Al-Qaeda.

O l�der do grupo no pa�s, Abu Musab al Zarqawi, mencionara em ocasi�es anteriores a inten��o de fomentar uma guerra civil.

Ontem, o governo afirmou ter capturado um colaborador pr�ximo de Zarqawi, Abu Farouq al Suri, em uma opera��o em Ramadi, no Oeste do pa�s. As for�as iraquianas disseram ainda ter matado 35 supostos insurgentes e prendido 487 nos �ltimos dias.

As tens�es latentes sob o regime de Saddam - �poca em que a minoria �rabe sunita dominava o pa�s, enquanto os �rabes xiitas (60% da popula��o) e os curdos (15%) eram reprimidos - se acirraram ap�s a queda do ditador, pois elei��es diretas levaram os xiitas ao poder e a minoria sunita se isolou politicamente, engordando a insurg�ncia.

O ataque � Mesquita Dourada, na quarta, fez com que as tens�es explodissem. L�deres sunitas, que haviam abandonado as negocia��es para formar um governo de coaliz�o a partir das elei��es parlamentares de dezembro, disseram estar a caminho de retomar o debate. Mas impuseram condi��es para readerir ao processo, como o pagamento pelo Estado da reconstru��o das mesquitas sunitas destru�das na retalia��o xiita.

A TV estatal exibiu imagens de sunitas e xiitas rezando juntos em Bagd� - um apelo feito anteontem por v�rios l�deres religiosos, do cl�rigo radical xiita Moqtada al Sadr ao aiatol� Ali al Sistani, principal autoridade religiosa do pa�s.

Mas, apesar dos esfor�os, a viol�ncia n�o cessou por completo. Entre outros incidentes, duas bombas explodiram perto de uma mesquita sunita na zona leste de Bagd�, matando quatro pessoas. Antes, um ataque com morteiros em um bairro xiita da Capital deixou quatro mortos e 13 feridos, e oito agentes de seguran�a do governo morreram em um confronto com insurgentes na periferia.

Um partido sunita declarou que o corpo de um de seus membros foi encontrado com sinais de tortura. �(Os iraquianos) chegaram � beira de uma guerra civil�, disse o embaixador dos EUA no pa�s, Zalmay Khalilzad. �Mas as coisas est�o melhorando�, acrescentou.

Sem a seguran�a no Iraque estabilizar, os EUA podem ser obrigados a adiar os planos de come�ar neste ano a retirada dos mais de 130 mil soldados que t�m no pa�s.

Rep�rter seq�estrada

Tamb�m ontem, Khalilzad disse ter recebido do governo iraquiano a informa��o de que a jornalista americana Jill Carroll, que foi seq�estrada em 7 de janeiro, est� viva. O prazo que os seq�estradores haviam dado para mat�-la caso suas demandas n�o fossem cumpridas expirou � 0h de ontem. Os captores n�o se manifestam desde 9 de fevereiro.




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