Ao encontrar uma vaga para o meu autom�vel, num s�bado chuvoso, ap�s varias tentativas e voltas no estacionamento de um grande shopping de Campinas, senti-me recompensado, por�m, uma cena chamou a aten��o, um veiculo acima da velocidade permitida para o local, rapidamente estaciona na �nica vaga dispon�vel e exclusiva para deficiente f�sico. Como reflexo, aguardei uns instantes para auxiliar, caso necess�rio, a pessoa portadora de defici�ncia, como meus pais faziam em muitas situa��es que presenciei. Entretanto, meu espanto foi total quando me dei conta que estava testemunhando um genu�no MILAGRE, longe do �mbito religioso. A pessoa, um rapaz jovem e bem disposto dirigiu-me um sorriso, saiu ANDANDO apressadamente acionou o alarme e ainda, pulando sobre algumas po�as d��gua, desapareceu na multid�o. Recuperado da surpresa, lembrei das palavras de minha nona, italiana da gema. �Uma pessoa pode ser at�ia, pobre, sem cultura e tamb�m muito civilizada, respeitosa com os outros�. Infelizmente nos deparamos envoltos em um mundo um pouco diferente ao citado pela minha nona, aonde o comportamento conseq�ente da falta de educa��o perdura feito modismo, numa nova gera��o egoc�ntrica, que acredita em valores pessoais muito diferentes ao dos av�s. Diante de fatos como este, a crescente �falta de educa��o�, s�o encontrados corriqueiramente no conv�vio di�rio, no tr�nsito, nas filas, ambiental, nos esportes, na pol�tica, ao idoso, ao deficiente f�sico, as crian�as etc... O mau exemplo � o principal motivo da viol�ncia. Combater o desrespeito aos direitos humanos � combater a desigualdade social, uma quest�o fundamental na forma��o do car�ter, princ�pios �ticos e da moralidade, a falta de educa��o, cultura e informa��o geram ignor�ncia, e a ignor�ncia destr�i a sociedade. Devemos buscar os bons exemplos nas crian�as pequenas, que n�o reconhecem o conceito abstrato do �respeito�, entretanto, podem desenvolver h�bitos relacionados com a virtude. Hoje, � fundamental reconhecermos que a diversidade cultural em diferentes locais requer ser tratada de maneiras diferentes e ser respeitadas segundo suas condi��es e circunst�ncias.
Portanto, seja qual for o credo, a cultura, a etnia ou posi��o social, o respeito e educa��o, como dizia minha s�bia nona, cabem em qualquer lugar.
Julio Carlos Alves - empres�rio e presidente da ONG Ambiental SOS Tancred�o - Campinas - SP |
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