Projeto da hepatite C ser� ampliado

S�o Manuel � O levantamento dos casos de hepatite C entre os moradores, que � feito em S�o Manuel (69 quil�metros de Bauru) desde o ano passado, dever� ser estendido para 31 cidades do Interior do Estado.

Segundo o m�dico Giovanni Faria Silva, respons�vel pelo projeto, cerca de 400 pessoas j� fizeram o teste de sangue chamado de anti-HCV, em S�o Manuel. A inten��o, segundo ele, � avaliar o maior n�mero poss�vel de pacientes na cidade.

Das 400 pessoas examinadas, 5% apresentaram o v�rus da doen�a at� o momento. Os exames custam cerca de R$ 60,00 e s�o custeados pela prefeitura. A inten��o � que todos os moradores fa�am o exame.

De acordo com o m�dico, o objetivo do projeto, que teve in�cio em agosto do ano passado, � avaliar a preval�ncia de infec��o pelo v�rus da hepatite C nas cidades do Interior do Estado. �Fazendo um estudo desta forma, vamos alertar, particularmente, as pessoas com fatores de risco para serem testadas e fazer um diagn�stico precoce. Quanto mais cedo tratar a doen�a, maior as chances de cura�, salienta Giovanni.

Segundo ele, ainda n�o est�o definidas quais ser�o as cidades do Interior que dever�o participar dos estudos. �Ainda n�o sabemos quais as cidades, mas ser�o 31 munic�pios.�

O m�dico esclarece que a campanha em S�o Manuel � mais abrangente do que aquelas que ser�o desenvolvidas em outras cidades. �Vamos fazer com metodologia cient�fica diferente nas outras cidades�, conta.

Descoberta h� pouco mais de 16 anos, a hepatite C � uma doen�a silenciosa que pode ser fatal. A longo prazo, pode afetar o f�gado e os pacientes com cirrose t�m um risco maior de desenvolver c�ncer. No Brasil, apesar de o Minist�rio da Sa�de ainda n�o dispor de dados conclusivos, calcula-se que pelo menos 3 milh�es de pessoas estejam infectadas.

�A hepatite C � mais prevalente do que a Aids. N�s acreditamos que tenha seis vezes mais pacientes contaminados pelo v�rus C do que pelo HIV (v�rus da Aids). S�o formas de cont�gios diferentes�, alerta Silva.

O m�dico ressalta que existe cura para a doen�a e que isso depende de uma s�rie de fatores. �Existe cura em grande parte dos casos. A probabilidade de cura depende de uma s�rie de vari�veis como a idade do paciente, o sexo, e do tipo de medica��o empregada. As chances de cura ficam em torno de 45% � 80%�, conclui.

O levantamento em S�o Manuel vem sendo realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu em parceria com a prefeitura e a Organiza��o N�o-Governamental (ONG) �C tem que saber, C tem que curar�.