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01/02/06 00:00 - Internacional

Pot�ncias querem CS da ONU no Ir�

A AIEA, ag�ncia da ONU para quest�es de n�o-prolifera��o, re�ne-se a partir de amanh� para analisar a quest�o

Folhapress
Londres - Em reuni�o conclu�da em Londres no in�cio da madrugada de ontem, os chefes das diplomacias dos EUA, da Fran�a, do Reino Unido, da R�ssia e da China concordaram em pedir que a Ag�ncia Internacional de Energia At�mica envie um informe sobre o programa nuclear iraniano ao Conselho de Seguran�a da ONU.

Os cinco pa�ses s�o membros permanentes do CS, e do encontro tamb�m participou a Alemanha. A AIEA, ag�ncia da ONU para quest�es de n�o-prolifera��o, re�ne-se a partir de amanh� para analisar a quest�o.

A decis�o tomada em Londres representa uma nova etapa nas press�es diplom�ticas que teoricamente podem desembocar na ado��o de san��es econ�micas contra o regime iraniano, suspeito de querer produzir a bomba at�mica - inten��o que ele sistematicamente tem negado.

O encontro na Capital brit�nica tamb�m representou uma inflex�o por parte da China e da R�ssia, parceiras comerciais do Ir� que, at� ent�o, enfatizavam a necessidade de negocia��es e afastavam a possibilidade de san��es prejudiciais a seus interesses.

Os dois pa�ses devem enviar nas pr�ximas horas emiss�rios a Teer�, na tentativa de convencer a rep�blica isl�mica a fazer concess�es que desarmem a atual crise. Isso pode at� acontecer em raz�o do longo cronograma para o caso.

A AIEA tem at� mar�o para se pronunciar. Antes disso, em 16 de fevereiro, o Ir� retoma negocia��es com a R�ssia para estudar uma solu��o conciliat�ria, pela qual a rep�blica isl�mica abriria m�o do enriquecimento de ur�nio em seus laborat�rios.

A tarefa seria terceirizada por uma empresa binacional, que funcionaria em territ�rio russo. A Fran�a e a R�ssia insistiram ontem no fato de ainda estarem abertas as portas de negocia��o. "A etapa diplom�tica ainda n�o se encerrou", disse em Paris o porta-voz da diplomacia francesa, Jean-Baptiste Mattei.

Em Moscou, o ministro das Rela��es Exteriores, Serguey Lavrov, disse que o Conselho de Seguran�a n�o tomaria nenhuma decis�o imediata. O respons�vel pela pol�tica externa da Uni�o Europ�ia, Javier Solana, tamb�m insistiu ser "prematuro" evocar as san��es.

Os EUA, que representam a posi��o mais intransigente, disseram por meio de seu embaixador na ONU, John Bolton, que o encontro de Londres foi "um passo importante" para punir o Ir�.

A Casa Branca, por meio do porta-voz Scott McClellan, disse que "agora h� um forte consenso da comunidade internacional para tratar do assunto". Em Londres, o primeiro-ministro Tony Blair declarou hoje que as pot�ncias ocidentais haviam enviado "um sinal muito categ�rico" ao Ir�, que preocupa a comunidade internacional.

Em Nova D�li, o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse que seu governo ter� por objetivo seus pr�prios interesses antes de decidir de que lado se posicionar�. Aquele pa�s integra o colegiado de 35 membros, o Conselho de Governadores da AIEA, dos quais se exige a unanimidade para a aprova��o de um relat�rio sobre o caso.


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Principais instala��es

Saghand

Minera��o - Veios de ur�nio foram descobertos em 1985. Previs�o de in�cio da minera��o � fim de 2006, com a produ��o de 50 a 60 toneladas de ur�nio por ano


Ardkan

Purifica��o - O ur�nio � purificado e transformado em um sal chamado "yellow cake". A capacidade de produ��o de 60 a 70 toneladas anuais


Gehine

Local onde est�o sendo constru�das instala��es para minera��o e enriquecimento de ur�nio, com capacidade de produzir 24 toneladas anuais de "yellow cake"


Isfahan

Convers�o - Local onde o "yellow cake" � purificado e convertido em hexafluoreto de ur�nio (UF6), um g�s que ainda ser� enriquecido


Natanz

Enriquecimento - Instala��o em que centr�fugas de g�s aumentam a concentra��o do ur�nio-235 no UF6


Teer�

Enriquecimento - Instala��o da Companhia El�trica Kalaye, inoperante. Reator para pesquisa e dep�sito de lixo radioativo ainda funcionando


Bushehr

Local onde est� prevista a constru��o, neste ano, de um reator adequado � produ��o de ur�nio para energia


Arak

Reator de �gua pesada, adequado � produ��o de ur�nio para armas.




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