Pr�dio da NOB j� � de utilidade p�blica

Na manh� de ontem, o prefeito Tuga Angerami assinou o decreto que declara de utilidade p�blica o pr�dio da Esta��o Ferrovi�ria. O ato foi realizado na pr�pria esta��o e contou com a presen�a de autoridades, empres�rios, lojistas e ferrovi�rios aposentados. O objetivo do prefeito � restaurar o local para posteriormente transferir para a esta��o os departamentos da Secretaria Municipal de Educa��o. O valor do pr�dio est� estimado em 3 milh�es e 500 mil reais e as reformas devem ser concretizadas at� o final de 2007. �Queremos finalizar as obras ainda nesta gest�o. Mas ainda precisamos fechar parcerias com a iniciativa privada�, colocou a secret�ria municipal de Educa��o, Ana Maria Daibem.

A solenidade foi aberta com a execu��o do hino nacional pela Orquestra Municipal de Bauru, sob a reg�ncia de Roberto Verg�lio Soares. Ap�s a execu��o, houve declara��es do presidente da C�mara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Bauru, S�rgio Motta, do diretor do Departamento de Patrim�nio Hist�rico e Cultural da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), Henrique Perazzi de Aquino, da titular da pasta da Educa��o, Ana Maria Daibem, do arquiteto, Jurandyr Bueno Filho, do predidente da C�mara Municipal, Toninho Garmes, e do prefeito Tuga Angerami.

Al�m do setor administrativo da pasta, o local tamb�m abrigar� salas de reuni�es, salas de aula para jovens e adultos, creche e um espa�o educativo permanente nos moldes do projeto Esta��o Ci�ncia, da Universidade de S�o Paulo (USP). O prefeito acredita que o feito dar� nova vida � �rea central da cidade.

�Vamos revitalizar o centro de Bauru. O primeiro passo foi retomar as atividades do Autom�vel Club e agora demos in�cio ao processo de desapropria��o da Esta��o Central�, disse Tuga, que ainda colocou como objetivo a apropria��o da esta��o da extinta Companhia Paulista de Estradas de Ferro a fim de desenvolver atividades junto � popula��o. �Estamos em negocia��o com a Rede Ferrovi�ria Federal (detentora do im�vel) e devemos nos reunir na semana que vem no Rio de Janeiro para acelerar o processo�.

O presidente da CDL de Bauru, S�rgio Motta, mostrou-se entusiasmado com a iniciativa do poder p�blico. �Por muito tempo a regi�o da Pra�a Machado de Melo ficou desvalorizada. Im�veis ca�ram e o com�rcio quase parou. Com a reutiliza��o da Esta��o Central, a cidade n�o apenas ganha no aspecto hist�rico, como tamb�m no comercial por conta da revitaliza��o do centro�, disse Motta durante a solenidade.

De acordo com Tuga, uma parte do pr�dio ser� transformada em creche para atender os filhos de trabalhadores do setor do com�rcio e de servi�os. �Vamos fazer uma creche com um projeto pedag�gico, onde as crian�as n�o venham para dormir e sim para aprender�, enfatizou. O prefeito tamb�m afirmou que o espa�o funcionar� durante os tr�s per�odos do dia para contemplar a necessidade de apefei�oamento profissional de muitos pais. �As m�es poder�o deixar seus filhos na creche durante o trabalho e tamb�m � noite para realizar cursos profissionalizantes ou dar continuidade aos estudos. Mas claro que elas ter�o que comprovar a realiza��o das atividades�, advertiu.

A solenidade foi encerrada com fogos e o apito da Maria-Fuma�a, exposta no local com uma composi��o formada pelo carro de passageiros S-22 e o carro administrativo O-1, todos restaurados por meio do projeto Ferrovia para Todos da Secretaria Municipal de Cultura.

Cr�ticas

O prefeito rebateu as cr�ticas de que o recurso para compra e restaura��o do pr�dio poderia ser utilizado para resolver os problemas de pavimenta��o, sa�de e ilumina��o da cidade. �O dinheiro utilizado na esta��o vir� da pasta da Educa��o. S�o recursos carimbados que n�o podem ser usados para outros fins que n�o sejam referentes � pasta�, explicou.

Sobre a possibilidade de usar o or�amento para construir novas creches na cidade, Tuga foi categ�rico. �Estamos realizando um cadastramente de todas as crian�as que est�o sem vaga para descobrir de forma criativa a melhor forma de acomod�-los�.

Para o prefeito, a utiliza��o do espa�o � essencial para democratizar o acesso � ci�ncia e �s tecnologias, combatendo o analfabetismo cient�fico. �Al�m de ensinar a ler e a escrever, temos que preparar as pessoas para que elas se apropriem do conhecimento e deixem de reproduzir discursos fundamentalistas�, colocou.