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23/01/06 00:00 - Ag�ncias - Brasil

Centrais esperam novo m�nimo amanh�

Ap�s cinco reuni�es com o governo, sindicalistas esperam que o presidente confirme que o sal�rio vai subir para R$ 350,00

Fabiana Futema/Folhapress
S�o Paulo - As centrais sindicais esperam que o presidente Luiz In�cio Lula da Silva anuncie nesta ter�a-feira que o sal�rio m�nimo de 2006 vai subir para R$ 350,00 a partir de abril. Se a previs�o for confirmada, a not�cia ser� divulgada em tom de comemora��o, j� que coincidir� com o Dia Nacional do Aposentados - a maior parte dos aposentados recebe o m�nimo, que hoje est� em R$ 300,00.

�Est� tudo encaminhado para que o acordo seja anunciado. � positivo que o governo tenha se disposto a analisar as reivindica��es e que o presidente da Rep�blica tenha marcado um encontro com as centrais�, disse Jos� Lopez Feij�o, presidente do Sindicato dos Metal�rgicos do ABC, ligado � Central �nica dos Trabalhadores (CUT).

Na �ltima sexta, ap�s quase nove horas de negocia��es com o governo, as centrais sindicais sa�ram sem um acordo sobre o reajuste do sal�rio m�nimo e corre��o da tabela de Imposto de Renda (IR). As centrais recuaram em suas reivindica��es e pediram que o m�nimo subisse para R$ 350,00 em abril e que a tabela de IR fosse corrigida em 8%. Mesmo assim, o governo informou que precisava de tempo para fazer as contas e ver se seria poss�vel atender o pedido. A palavra final ser� dada pelo presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que se re�ne na ter�a-feira com as centrais.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o governo precisa encontrar os recursos necess�rios para atender �s reivindica��es. �As contas precisam bater.� Ele afirmou que cada m�s de antecipa��o do reajuste do m�nimo custa R$ 1,060 bilh�o. Para o presidente da For�a Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o acordo est� praticamente fechado e s� n�o foi anunciado anteontem porque era muito tarde. �As negocia��es se arrastaram por muito tempo e atropelaram a agenda do presidente. Quando se chegou a um acordo poss�vel, era noite e n�o seria vantajoso anunci�-lo.�

O presidente Lula disse na sexta passada em Xer�m (Duque de Caxias) que est� �tranq�ilo sobre o acordo com os sindicalistas�. �N�s certamente faremos um acordo com o movimento sindical. � um acordo in�dito porque o movimento sindical organizado nunca discutiu com nenhum governo o sal�rio m�nimo.�

Avan�os e recuos

As centrais admitem que as negocia��es sobre o reajuste da tabela de IR foram marcadas por avan�os e recuos. Entre os avan�os est� o compromisso em corrigir a tabela de IR. �Foi uma vit�ria conseguir vincular o reajuste do m�nimo � corre��o da tabela. A equipe econ�mica queria desvincular um assunto do outro�, disse Feij�o. Para Paulinho, ficou claro na reuni�o de sexta que a vontade pol�tica venceu a opini�o da equipe econ�mica. �Existia um embate entre duas tend�ncias. A linha pol�tica venceu e a equipe econ�mica saiu perdendo.�

Segundo Feij�o, o governo Lula se comprometeu a repassar a infla��o acumulada no seu per�odo de gest�o para a corre��o da tabela de IR. �O que faltar, poder� ser inclu�do na negocia��o do Or�amento de 2007.� Feij�o aproveitou para fazer cr�ticas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

No governo FHC, a tabela de IR s� foi corrigida uma vez e ficou defasada em 39%.� Para chegar a um acordo, entretanto, as centrais tiveram de recuar v�rias vezes na proposta de reajuste do m�nimo e corre��o da tabela de IR. No come�o elas pediam R$ 400,00 de piso salarial e 13% de corre��o para a tabela. Depois diminu�ram para R$ 360 de m�nimo e 10% de corre��o. Mais tarde pediram R$ 350,00 com condi��o que o m�nimo fosse corrigido em mar�o e mantiveram a corre��o da tabela em 10%. Mas o governo se dispunha a pagar R$ 350,00 se o reajuste ocorresse em maio.

Para antecipar para mar�o, queria reduzir o valor para R$ 340,00. E a equipe econ�mica, que pretendia deixar para depois o debate do IR, acenava com a possibilidade de aplicar s� 7% de corre��o na tabela.

As centrais recuaram mais uma vez anteontem e propuseram R$ 350,00 em abril e 8% de corre��o da tabela de IR. �Houve avan�os, pois se o m�nimo fosse corrigido para R$ 350,00 em maio haveria um aumento real de sal�rio de 11%. Antecipando para abril, o ganho real sobe para 12%. Nenhuma categoria profissional teve esse reajuste�, disse Feij�o.




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