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22/01/06 00:00 - Bairros

Recicl�veis: prefeitura inicia combate a atravessadores com cooperativa

Rafael Tadashi
O aumento fren�tico e constante do consumo de bens e alimentos industrializados t�m criado diversos problemas sociais, de sa�de p�blica e ambientais, por conta do excesso de embalagens. Em contrapartida, estes materiais geram um mercado de trabalho que garante a subsist�ncia de diversas fam�lias.

Na tentativa de organizar a coleta seletiva do lixo, beneficiar os catadores de materiais recicl�veis, evitando a a��o dos atravessadores, reduzir os riscos que esta atividade representa � sa�de das pessoas e da cidade, aumentar a vida �til dos aterros sanit�rios e minimizar os impactos que a coleta desorganizada traz ao meio ambiente, a Secretaria Municipal do Bem-Estar Social (Sebes) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), com o apoio da Secretaria de Educa��o, Secretaria de Sa�de e Servi�o Brasileiro de Apoio �s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), est�o iniciando um projeto de organiza��o dos catadores, a cria��o de cooperativas e a amplia��o da coleta seletiva em Bauru.

Para o projeto, a Sebes est� realizando um levantamento dos catadores de materiais recicl�veis, o mapeamento das �reas com maior concentra��o de fam�lias trabalhando neste ramo econ�mico e verificando o interesse dos catadores em participar da cooperativa. Concomitantemente, a Semma est� buscando parcerias para a cria��o de quatro n�cleos de coleta seletiva que ser�o constru�dos em regi�es distintas da cidade e para a compra de carrinhos e materiais de seguran�a que ser�o distribu�dos aos catadores cooperados. De acordo com o secret�rio do Meio Ambiente, Carlos Barbieri, a Associa��o dos Catadores de Materiais Recicl�veis, que funciona no Jardim Redentor, ser� a central da cooperativa.

�A cooperativa � uma tentativa de organizar e ampliar a coleta de materiais recicl�veis, beneficiando o meio ambiente, os catadores, a sociedade como um todo e a cidade. Atrav�s da cooperativa, todos trabalham de maneira organizada, segura e ganham melhor do que atuando isoladamente�, explica.

Os problemas sociais provenientes da coleta seletiva surgem por diversos fatores: disputa pelo lixo, antecipa��o dos catadores � coleta da Semma e explora��o dos trabalhadores aut�nomos pelos atravessadores. O JC apurou que alguns catadores chegam a trocar um dia de trabalho coletando materiais recicl�veis pela refei��o do dia. �Os catadores aut�nomos chegam a ganhar tr�s vezes menos do que poderiam receber caso estivessem cooperados, pois os atravessadores acabam ficando com a maior parte do lucro da venda dos materiais�, afirma a secret�ria do Bem-Estar Social, Egli Muniz.

�Al�m do exemplo citado por Egli, � preciso ressaltar outro aspecto. Como j� existe uma coleta da prefeitura, muitos catadores passam algumas horas antes nos locais onde o caminh�o da Semma ir� passar e pegam este material que j� est� selecionado. Isso prejudica o ganho de todos. Da� a import�ncia da cria��o da cooperativa�, refor�a Barbieri.




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