Teer� - Numa rara entrevista coletiva em Teer�, o presidente Mahmoud Ahmadinejad reiterou que os iranianos t�m o direito de dar continuidade a seu programa nuclear, mas salientou que o �Ir� n�o precisa de armas nucleares�.
O presidente iraniano afirmou ainda que s� precisam ter armas nucleares �pessoas ou pa�ses que querem resolver todos os problemas por meio do uso da for�a�. Ahmadinejad aproveitou sua segunda entrevista coletiva para defender a recente decis�o iraniana de dar novo alento a suas pesquisas nucleares, removendo os lacres postos pela ONU em suas instala��es de enriquecimento de ur�nio em Natanz.
A medida provocou imediatas rea��es de desaprova��o dos EUA, da Uni�o Europ�ia, da R�ssia, aliada tradicional do Ir�, e da Ag�ncia Internacional de Energia At�mica (AIEA), a ag�ncia da ONU que monitora os perigos da prolifera��o nuclear. O laborat�rio fora selado havia 14 meses gra�as a um compromisso pelo qual o pa�s isl�mico interromperia a pesquisa para a produ��o do combust�vel nuclear.
Washington afirma que as pesquisas se enquadram num programa mais amplo e com fins militares. Teer� afirma buscar apenas produzir energia e que seu programa tem fins pac�ficos.
Os EUA, o Reino Unido, a Fran�a e a Alemanha amea�am passar o caso para o Conselho de Seguran�a da ONU.Este poderia impor san��es econ�micas ao pa�s isl�mico, mas, para analistas, elas poderiam n�o surtir o efeito esperado pelas pot�ncias ocidentais.
Ahmadinejad disse que, se o programa nuclear iraniano for levado ao Conselho de Seguran�a, Teer� poder� impedir a realiza��o de novas inspe��es da ONU e que nada impedir� a �continuidade dos planos nucleares� do pa�s. �Se querem destruir os direitos da na��o iraniana por meio dessa medida, eles (as pot�ncias ocidentais) n�o ter�o sucesso�, disse Ahmadinejad na coletiva de ontem.
Embora os rep�rteres presentes � coletiva tenham insistido em perguntar se a retomada dos trabalhos em Natanz envolver� o enriquecimento de ur�nio, conforme afirma a AIEA, Ahmadinejad se recusou a revelar o conte�do do que ser� feito nas instala��es rec�m-reabertas.
Os EUA, a Fran�a, o Reino Unido e a Alemanha afirmam que Teer� n�o vem cumprindo o que promete em negocia��es. Mas, ontem, durante visita da chanceler (primeira-ministra) alem�, Angela Merkel, a Washington, Bush afirmou que a alternativa diplom�tica dever� ser privilegiada a curto prazo.
Os jornalistas tamb�m perguntaram sobre a possibilidade de o Ir� usar o petr�leo como arma para retaliar caso seu programa nuclear venha a ser alvo de san��es econ�micas da ONU. O Ir� tem a segunda maior reserva de petr�leo do planeta. "Temos as ferramentas necess�rias para nos defender. Aqueles que usam uma linguagem dura contra o Ir� precisam de n�s muito mais do que n�s precisamos deles�, disse o presidente do Ir�.
As pot�ncias ocidentais t�m evitado dizer que pedir�o ao Conselho de Seguran�a que imponha san��es. Nada garante que elas consigam obter a anu�ncia da China e a da R�ssia, que t�m poder de veto, � a��o, e ningu�m quer correr o risco de que o Ir� interrompa ou diminua suas exporta��es de petr�leo num momento de alta demanda e de pre�os bastante elevados.
*Com Folhapress |
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