Produ��o cresce 0,6% em novembro

Rio de Janeiro - A produ��o industrial brasileira registrou alta de 0,6% em novembro na compara��o com outubro, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A recupera��o da ind�stria em novembro j� era esperada pelo mercado num per�odo t�pico de aumento de vendas. Segundo analistas, no entanto, a expectativa era de uma alta entre 1% e 1,5%.

De acordo com relat�rio da Global Invest, para que o quarto trimestre termine positivo, o m�s de novembro precisava apresentar um n�mero satisfat�rio. De acordo com o �ltimo Relat�rio de Mercado, organizado pelo Banco Central (BC), junto a institui��es financeiras, analistas estimam que a produ��o industrial tenha encerrado 2005 com alta de 3,15%.

Para Pedro Paulo da Silveira, economista-chefe da Global Invest, o desempenho de novembro foi auxiliado pela base fraca de compara��o. Em outubro, a ind�stria havia ficado praticamente est�vel, com leve alta de 0,2% (dado revisado). Al�m disso houve melhora na produ��o de autom�veis. Em rela��o a novembro de 2004, a ind�stria registrou crescimento tamb�m de 0,6%. De janeiro a novembro do ano passado, a alta acumulada � de 3,1%.

Segundo o IBGE, a taxa anualizada acentua a trajet�ria de desacelera��o observada nos �ltimos meses, passando de 4,1% em outubro para 3,5% em novembro. Setores Apenas uma das quatro categorias de uso apresentou queda entre outubro e novembro. Os bens de consumo dur�veis (ve�culos e eletrodom�sticos) tiveram queda de 1,4% em novembro, ap�s alta de 2,7% em outubro. Essa categoria depende muito do cr�dito para alavancar as vendas.

J� os bens de consumo semidur�veis (roupas e cal�ados) e n�o-dur�veis (alimentos) avan�aram 0,5% em novembro e os bens intermedi�rios (insumos industriais) tiveram alta de 0,2%. Os bens de capital (m�quinas e equipamentos) registraram uma produ��o 2,2% maior, ap�s uma queda de 4,2% no m�s anterior. O comportamento da ind�stria em outubro tamb�m reflete o aumento da produ��o em 15 das 23 atividades pesquisadas com ajuste sazonal.

As altas mais significativas foram verificadas em alimentos (2,2%), m�quinas, aparelhos e materiais el�tricos (5,3%) e borracha e pl�stico (2,9%). As principais influ�ncias negativas vieram de outros produtos qu�micos (-1,9%), material eletr�nico e de comunica��es (-4,1%) e refino de petr�leo e produ��o de �lcool (-1,5%).