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01/01/06 00:00 - Perspectiva 2006

Economia: balan�o, avan�os e perspectivas

Em 2005, a economia deu sinais de vitalidade. Sob medidas por vezes severas, por�m inadi�veis e definitivas, o Pa�s chega ao fim do ano com infla��o absolutamente contida - em torno de 5% -, reajustes salariais com importantes n�veis de ganho real e mais pessoas tendo acesso a cr�dito com juros baixos, o que gera movimenta��o incontest�vel no mercado. Com mais dinheiro no bolso, a demanda por produtos e servi�os aumenta, o que exige o crescimento da produ��o por parte do setor prim�rio e mais retorno financeiro para os setores de com�rcio e servi�os.

Patr�cia Zamboni
Com mais produ��o e consumo elevado, a abertura de novas oportunidades para a gera��o de renda torna-se uma extens�o natural. Nem mesmo a t�o pesada carga tribut�ria tirou o f�lego ou tampouco abortou os investimentos de muitos empres�rios que viram seu neg�cio crescer, contrataram mais funcion�rios e at� adquiriram novas empresas. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que Bauru ficou na 19� posi��o entre os 50 munic�pios do Estado de S�o Paulo que contabilizaram o maior n�mero de empregos com carteira assinada de janeiro a novembro deste ano.

No com�rcio da cidade, todos os n�meros divulgados ao longo do segundo semestre foram positivos. Natal, lojas abertas at� a noite e movimento intenso todos os dias. Quem ousou, investiu e acreditou na economia, colheu frutos e agora comemora o crescimento dos resultados sobre o ano passado.

Lojas cheias, promo��es constantes, filas de consumidores para pagar as presta��es feitas no credi�rio. Cr�dito �na pra�a� � sinal de �nome limpo�, de consumidores em dia com seus compromissos e longe das listas de inadimplentes. O que mais poderia proporcionar isso n�o fosse a estabilidade econ�mica e a luta incans�vel da popula��o trabalhadora? Contra fatos n�o h� argumentos.

Opini�es pol�ticas � parte, n�o se pode negar que 2005 foi um grande ano no setor habitacional. O aumento do capital disponibilizado pela Uni�o para que fosse direcionado a financiamentos nessa �rea, principalmente nos programas voltados � popula��o de baixa renda, possibilitou que muitas fam�lias realizassem o sonho da casa pr�pria. Os bancos chegaram a �disputar� as maiores quedas dos juros que incidem nessas opera��es de cr�dito.

A popula��o de classe m�dia tamb�m p�de enumerar conquistas no setor habitacional, facilitadas por a��es promovidas pelo governo com o objetivo de criar um crescimento saud�vel na movimenta��o e expans�o imobili�ria. Entre elas, a Medida Provis�ria (MP) do Bem.

H� tempos a pol�tica habitacional n�o era t�o incentivada quanto em 2005. E para o pr�ximo ano, a verba dispon�vel para a concess�o de cr�dito nesta �rea ser� ainda maior, assim como as expectativas.

� claro que ainda h� espa�o para muito mais avan�os, mas uma economia saud�vel se faz assim mesmo: calculando cada passo para que o crescimento se sustente - e para que todos possam ter uma vida melhor.

As sucessivas quedas do d�lar, que fortaleceram sobremaneira o real frente a moeda americana, trouxeram importantes ganhos empresariais e ajudaram a fundamentar uma imagem positiva do Pa�s no mercado. At� mesmo a taxa b�sica de juros - Selic - come�ou a cair.

Para 2006, a opini�o de especialistas � de que o Conselho de Pol�tica Monet�ria (Copom) mantenha a curva descendente da Selic. Algumas proje��es j� indicam a possibilidade da taxa baixar a 12,5% ao ano at� setembro pr�ximo.

A previs�o do Banco Central para o ano que vem � de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seja em torno de 4% - um bom �ndice. Na estimativa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o desempenho da economia pode repetir a performance de 2004, quando o PIB (a soma de todas as riquezas produzidas no Pa�s) cresceu 4,9%.

As perspectivas positivas tamb�m permeiam as proje��es feitas para Bauru em rela��o a 2006. O novo aeroporto ser� inaugurado e mais rodovias estar�o duplicadas. S�o fatores que colocar�o ainda mais em evid�ncia o inerente diferencial da potencialidade log�stica da cidade, localizada no centro do Estado e servida ainda pela ferrovia e pela hidrovia Tiet�-Paran�.

Bauru est�, at� mesmo, na rota do aumento da produ��o de �lcool em 2006. Os tanques da Petrobras existentes na cidade, com capacidade para armazenar 5 milh�es de litros cada um, ser�o reativados para ajudar o Brasil a suprir a demanda pelo combust�vel por parte de pa�ses como China e Jap�o.

Tamb�m est� prevista a inaugura��o da escola da constru��o civil, al�m de outros projetos da Federa��o e do Centro das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp/Ciesp) para a cidade. O Conselho Municipal de Turismo (Comtur) planeja a instala��o de pelo menos uma unidade do Posto de Informa��es Tur�sticas (PIT), al�m de outras medidas do Bauru Convention & Visitors Bureau que ir�o impulsionar o turismo de neg�cios e receptivo no munic�pio.

A evolu��o, pelo seu pr�prio significado, � uma escala progressiva. O ano que se encerra abriu portas e trilhou caminhos de vida pr�spera na economia da cidade. Dar continuidade ao trabalho iniciado neste ano deve ser um compromisso, e isso nos fornece a certeza de que 2006 ser� ainda melhor.




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