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Concessionárias otimistas para 2002

Concessionárias otimistas para 2002

Marcelo Ferrazoli
Revendas de veículos confiam no desempenho comercial das marcas e na proximidade de ano eleitoral para manter perspectivas animadoras nas vendas.


O ano de 2002 deverá ser melhor para o mercado automobilístico, atingido em cheio durante 2001 por uma grande crise de vendas. Pelo menos é o que esperam as concessionárias bauruenses, que mantêm perspectivas animadoras para o setor no próximo ano.

Os principais motivos para tal otimismo são o fato de 2002 constituir-se em período eleitoral e, é claro, a força comercial das próprias marcas que representam. O empresário Milton Simão, proprietário da Simão Veículos/Ford, é um dos que acreditam na mudança do cenário automotivo. Ele ressalta que, além dos lançamentos tradicionais da marca, as eleições para governador e deputado ajudarão a impulsionar as vendas. “Por ser um ano eleitoral acredito que vá haver uma queda de juros e os preços continuarão competitivos, pois o que auxilia muito a comercialização de automóveis são, além da qualidade dos produtos, os preços e boas taxas de juros”, considera ele.

Simão diz confiar também no próprio desempenho comercial da Ford que, segundo ele, está reagindo no mercado interno. “Os lançamentos recentes da marca, o Ka e o Fiesta sedã, vêm obtendo um bom volume de vendas. Além disso, teremos novos carros em 2002 e, portanto, as perspectivas para o ano que vem são muito boas”, afirma o dono da concessionária.

Entre as novidades da Ford para 2002 está o denominado projeto Amazon, que deverá culminar com o surgimento de um novo Fiesta. Além disso, a picape Courier será reestilizada e, possivelmente até o final do próximo ano, será lançado um modelo Fiesta equipado com tração nas quatro rodas. “A Ford está fazendo um esforço muito grande a fim de melhorar os custos dos carros e colocá-los a preços competitivos no mercado”, conclui Simão.

Outro que aposta na melhora do panorama automotivo em virtude das eleições é Aldo Deienno Júnior, gerente de vendas da Meta Veículos/Fiat. Além de levar em consideração o aspecto político interno em 2002, ele também destaca outros argumentos para justificar sua perspectiva otimista. “O mercado mundial já se assentou depois do susto de setembro (em razão dos atentados terroristas nos Estados Unidos) e o Brasil já não está sentindo mais tanto os efeitos da crise na economia argentina”, enfatiza Aldo.

Segundo o gerente de vendas, não há motivos para se falar em crise no segmento. Ele defende sua posição dizendo que os automóveis mexem, e muito, com o lado afetivo dos brasileiros, conhecidos por serem apaixonados por carros. “O setor automotivo não está em crise. Acredito que ele mexe, ainda, com a emoção do brasileiro, que gosta muito de automóvel e tem prazer em adquirir um novo. Crise é uma questão de trabalho. É só trabalhar direito”, frisa o gerente da Meta.


Rentabilidade


O proprietário da Amantini Veículos, Renato Amantini, também crê em perspectivas melhores para o mercado automotivo. O empresário disse esperar mudanças na economia para que se possa manter o volume e a qualidade de vendas atingidas atualmente. “O mercado não pode viver em uma crise eterna. Ela tem um tempo de duração e esperamos que seja o mais breve possível, pois não há como afirmar com certeza se ela acaba ou não no próximo ano”, pondera ele.

Apesar disso, Amantini considera que a GM não está sofrendo tanto os efeitos da crise. Ele justifica afirmando que a concessionária aumentou a participação de vendas no mercado regional. “Tínhamos uma participação regional de 19% no primeiro semestre e, nos últimos três meses, alcançamos, respectivamente, 25,6%, 28,3% e 31,4%”, cita.

Diante disso, Amantini faz questão de ressaltar que não se deve confundir crescimento no mercado com aumento da rentabilidade. “Independente do aumento da comercialização, a rentabilidade é pequena e está muito baixa em relação aos investimentos e aos riscos. É preciso deixar claro que as vendas estão sendo motivadas por altos descontos e subsídios de taxas de juros. Isso faz com que o lucro das fábricas e das concessionárias seja muito baixo, o que não é saudável”, finaliza ele.

Mercado nacional deve ganhar mais de 10 modelos

Neste ano, o mercado recebeu apenas quatro novidades tupiniquins: Peugeot 206, Chevrolet Zafira, Citroën Picasso e Fiat Doblò - sem contar reestilizações e novas versões.

Mas o ano que vem promete ser um prato cheio para aqueles que gostam de carro novo. As montadoras estão preparando muitos lançamentos para 2002, ano que deverá ficar marcado pela chegada ao mercado nacional de mais de 10 veículos novos.

O Corsa e o Fiesta vão ganhar visual novo, ambos com lanternas verticais. Na traseira. A Chevrolet também pode lançar a Gama (nome do projeto), uma minivan derivada do Corsa novo. A VW terá um novo carro, o Polo, e vai reestilizar a família Gol. A Fiat vai nacionalizar o Stilo. A Renault amplia a linha nacional com o lançamento do furgão Master, que será fabricado em conjunto com a picape Nissan Frontier no Paraná. Além disso, a Mitsubishi vai apresentar o Pajero iO brasileiro e a Toyota prepara o Corolla reestilizado.

(Fonte: Carsale/Uol)




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