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Risco de choque de asteróide é quase nulo

Risco de choque de asteróide é quase nulo

Gustavo Cândido
Há alguns ano, Hollywood sofreu de uma febre de filmes-catástrofe e produziu toda uma série de histórias cujo o tema era a possível destruição da Terra (pelo menos da maneira como ela é hoje) causada pelo impacto de um asteróide, como em “Armageddon”, “Impacto Profundo” e “Asteróide”.

De acordo com Roberto Dias da Costa uma situação como as mostradas nos filmes citados é altamente improvável porque todos os asteróides e cometas que podem um dia vir a passar perto da Terra têm as suas órbitas calculadas e constantemente observadas. “Não existe a possibilidade de um choque desses, pelo menos pelos próximos 100 mil anos, o que é uma margem de tempo razoável”, garante. “É claro que existe uma pequena possibilidade de uma cometa novo, desconhecido, vir em rota de colisão com a Terra. O detalhe é que a Terra é um alvo muito pequeno se comparado com o Sol ou outros planetas do sistema solar. A probabilidade disso acontecer em termos práticos é desprezível”, completa.

O astrônomo lembra, porém, que isso já aconteceu antes e foi a causa da extinção dos dinossauros. “Essa teoria é bem aceita no meio científico porque existem grandes evidências de um choque de um meteoro contra a Terra há 65 milhões de anos, o que teria causado a morte dos dinossauros. Essa colisão teria acontecido no Golfo do México”, diz. Costa explica que uma colisão desse tipo não acabaria com a vida mas causaria modificações ambientais tão grandes que grande parte das espécies morreriam.

Depósito de cometas

O sistema solar possui uma grande quantidades de cometas “depositados” num lugar além de Plutão chamado de Nuvem de Oort. Trata-se de um anel onde estão vários cometas que ficaram lá quando o sistema solar se condensou há 4,5 bilhões de anos atrás. De acordo com Costa, eventualmente, um ou outro se desgarra de lá porque os planetas, girando em torno no Sol, mudam sua posição ligeiramente e isso altera a gravidade e fazendo com que um cometa entre no sistema solar interno onde estão os planetas. “Isso também acontece com os asteróides, mas a diferença é que eles não estão no mesmo plano, como se estivessem em cima de uma mesa, mas giram em órbitas diferentes. De uma forma geral, o que move os cometas e os asteróides é a gravidade, tudo é a gravidade”, afirma.




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